Narrativa Em Primeira Pessoa

MILTON HATOUM Sales Maciel de Góis* Resumo Este trabalho consiste em analisar literariamente os contos1 “Uma estrangeira da nossa rua” e “Uma carta de Bancroft”, da obra A cidade ilhada (2009), de Milton Hatoum2. Para isto, serão observados nas narrativas: o enredo, o narrador, o tempo, os personagens, o símbolo, linguagem, intertextualidade e outras particularidades. Além disto, serão sugeridos alguns questionamentos para reflexão literária a respeito dos contos escritos por…

O conto e suas demarcações O ato de contar histórias remonta a épocas antigas dentre a história da humanidade. A verdade é que a maioria das pessoas, em um determinado momento de sua existência, já teve a oportunidade de se entreter em meio às encantadoras ou até mesmo às horripilantes histórias contadas pelos nossos antepassados, não é mesmo? Quando nos reportamos à referida ocorrência, sabemos que toda história se perfaz de um encadeamento de fatos, e que estes ao serem narrados vão…

desfazer um dos mistérios mais famosos da ficção brasileira, ou seja, a traição de Capitu. Para desfazer o famoso mistério, o autor resolve escrever uma narrativa que fosse fiel à obra original, com a diferença de suprimir o narrador em primeira pessoa, pelo mesmo em terceira pessoa tentando assim, dar um ar de imparcialidade às questões ensejadas na narrativa (o ciúme exacerbado de Bentinho; a possível traição de Capitu; as semelhanças físicas entre Escobar e Ezequiel). O presente…

divisões e subdivisões expostas pelo palestrante, de como a narrativa histórica educa as pessoas e como elas se dão conta, ou não, da historicidade da sua existência. AS TRÊS PRETENSÕES DA NARRATIVA Partindo de um pressuposto de que em toda narrativa, fazemos um discurso veras, o prof. Dr. Estevão inicia expondo as três pretensões da narrativa histórica. 1- RACIONALIDADE Todo discurso que fizermos tem que ser racional, ou seja, as pessoas que estão compartilhando do meu discurso…

do espelho. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. COLEÇÃO PARTICULAR TÓPICO 1 2 3 A construção do cenário, 2 TÓPICO A construção do tempo, 8 TÓPICO A elaboração de um projeto de texto narrativo, 14 TÓPICO 4 O clichê na narrativa, 23 ▲ A leitura, pintura de Federico Zandomeneghi (1841-1917). Sistema de Ensino Ensino Médio • Uno Modular • Redação • Módulo 3 Ensino Médio • Uno Modular • Redação • Módulo 3 464 T Ó P I C O 465 1 A construção do cenário

Tipos de narrador Narrador em primeira pessoa Narrador personagem: além de contar a história em primeira pessoa, faz parte dela, sendo por isso chamado de personagem. É marcado por características subjetivas, opiniões em relação aos fatos ocorridos, sendo assim uma narrativa parcial, já que não se pode enxergar nenhum outro ângulo de visão. A narrativa é dotada de características emocionais daquele que narra. Esse tipo de personagem tem visão limitada dos fatos, de modo que isso pode causar um

Nem todos os "significados claros" são igualmente claros para todos. Seitas são criadas com bases bíblicas, porem por conta de erros de interpretação! George Ladd certa vez expressou o fato: "A Bíblia é a Palavra de Deus dada nas palavras de (pessoas) na história." É esta natureza dupla da Bíblia que exige da nossa parte a tarefa da interpretação. A interpretação da Bíblia é exigida pela "tensão" que existe entre sua relevância eterna e sua particularidade histórica. Logo, a…

lírico). A lírica já foi definida como a expressão da primeira pessoa do singular do tempo presente. • Dramático; retrata, fundamentalmente, os conflitos das relações humanas. • Épico; quando temos uma narrativa de fundo histórico. O narrador mantém distanciamento em relação aos acontecimentos (os fatos narrados situam-se no passado). A objetividade é a característica marcante do gênero épico. A épica já foi definida como a poesia da terceira pessoa do tempo passado. A divisão…

Perspectivas da primeira e da segunda pessoa A Perspectiva da primeira pessoa (Northoff & Heinzel, op.cit.) refere­se à experiência pré­reflexiva dos próprios estados mentais e corporais. Trata­se de estados fenomÍnicos e qualitativos: sentimentos “crus”, pura experiência, sem reconhecimento ou reflexão. Estes dois últimos, como logo veremos, pertencem ao campo da perspectiva da segunda pessoa. Temos aqui a pura subjetividade, sem objetividade nem intersubjetividade. Algo na…

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ PUCPR ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Nicolle Heep Resenha do artigo: Narrativa transmídia, ativismo e os múltiplos discursos dos protestos brasileiros de 2013. Curitiba 2015 Nicolle Heep Resenha do artigo: Narrativa transmídia, ativismo e os múltiplos discursos dos protestos brasileiros de 2013. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na