Loucos Pela Vida Amarante

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO PAULO ANDRÉ DE LACERDA ALVES Vida social de usuários de um CAPS: a reconstrução de subjetividades Ribeirão Preto 2011 2 PAULO ANDRÉ DE LACERDA ALVES Vida social de usuários de um CAPS: a reconstrução de subjetividades Dissertação Enfermagem apresentada de à Ribeirão Escola de Preto da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Ciências, Programa…

Michel Foucault, a relação de arte com doença mental possui registros desde a criação de hospitais especializados para loucos em território árabe, criados por volta do século XII. A música, a dança e os espetáculos, nessa época, são utilizados como forma de intervenção e de cura. Da mesma forma, durante a época renascentista, na Europa, surgem os primeiros hospitais para os ditos loucos os quais, semelhantes aos hospitais árabes, faziam uso da arte como ferramenta terapêutica para os…

Psiquiátrica Brasileira. O interesse pelo tema surge a partir dos impasses e desafios encontrados como estagiária de psicologia em uma Moradia Assistida em Nova Friburgo. Tal experiência expressa os esforços no processo de mudança na maneira de se tratar o louco, bem como as contradições que se pode encontrar dentro da realidade de uma moradia assistida, expressas no campo das ações cotidianas, mas que as transcendem. Uma Moradia Assistida é uma idéia que está vinculada à saúde mental.…

assistente social em saúde mental no Brasil, a partir dos anos 90 tem por determinante o processo de desinstitucionalização da pessoa com transtorno mental, isto é, todo um processo de “crítica epistemológica ao saber médico constituinte da psiquiatria” (AMARANTE, 1996, p. 22) e a todo aparato que deu suporte à institucionalização do modelo hospitalocêntrico de atenção a este segmento social, ou seja, todo arcabouço legal, técnico, administrativo e interventivo da psiquiatria clássica. …

compreender esta historicamente é importante para delimitar o lugar dos usuários de tal substancia química na atualidade. Por séculos os tidos como loucos foram excluídos e exilados da sociedade. Desde a Idade Média as condutas em sociedade que fugia da normalidade desta deveriam ser extintas do meio social ou enclausuradas. Andarilhos, prostitutas, doentes, loucos, entre outros que não se enquadravam ao sistema religioso e moral da época eram destinados aos hospitais, instituições…

até um momento, no mundo contemporâneo, onde ela é vista como uma doença tratável, gerando uma maior aceitação pela sociedade. A visão sobre o louco segue a mesma lógica, tendo sido associados a seres trágicos, místicos e sem capacidades, e, portanto, perigosos, devendo ser devidamente isolados, até chegar ao ponto em que hoje se encontra, no qual o louco é visto como um doente que não só pode como deve, por sua condição humana e pelos valores morais atuais, ser integrado à sociedade. …

Pesquisa documental e bibliográfica. Sujeito – hospitais psiquiatricos quantos? Local Instrumento Procedimento CRONOGRAMA CRONOGRAMA DO PROJETO DE PESQUISA REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS AMARANTE, P.(coord.). Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995. Vinicius, M. (organizador). A Instituição Sinistra – Mortes violentas em hospitais psiquiátricos no Brasil, CFP, Brasília, 2001.

quadro dramático e estarrecedor: ineficiência, ineficácia, baixa qualidade e violação dos direitos humanos. Neste sentido, emerge em meados da década de 70, o Movimento de Reforma Psiquiátrica, com liderança dos trabalhadores de saúde mental (AMARANTE, 1998). Tal movimento teve como base desconstruir o modelo hospitalocêntrico, o qual exercia apenas a função de excluir o paciente do convívio social. Assim, propõe-se a construção de novos espaços na rede pública, procurando…

da psiquiatria italiana corrobora com o final da ditadura no Brasil e abre espaço para novas formas de intervenção nesta área (SANTOS, 2000). A proposta sanitarista em saúde mental, que visava tirar os doentes mentais da cidade ou “limpá-la dos loucos”, conforme refere Santos (2000), foi cedendo lugar à idéia de desinstitucionalização. E, para que ocorresse a substituição desse modelo de tratamento baseado no isolamento, fez-se necessária a construção e a oferta de procedimentos e serviços que

transtorno mental, enfatizando a descentralização do atendimento e a constituição de uma rede integrada de atendimento básico ao mesmo. A Reforma Psiquiátrica Brasileira foi um grande avanço na atenção ao paciente psiquiátrico, melhorando a qualidade de vida de muitos deles, reintegrando-os ao ambiente familiar. Grande parte dos pacientes portadores de algum tipo de transtorno mental sofre, além da patologia psiquiátrica, problemas importantes relativos à saúde bucal. Dentro da…