Funes O Memorioso

simplesmente refleti-lo”; (p.94). - “Para que a memória faça sentido devemos esquecer quase tudo o que vimos, para evitar que tornemos semelhantes” a “Funes, o Memorioso”; (p.94). - “O peso dessas recordações desarticuladas e aleatórias mostra-se ao final intolerável”. “Pensar é esquecer uma diferença, generalizar, abstrair. No mundo transbordante de Funes não havia nada a não ser detalhes”; (p.95). - “As lembranças precisam ser continuamente descartadas e combinadas; somente o…

mais fortes sensorialmente. Vale citar aqui o grande escritor argentino Jorge Luis Borges (18991986), que em seu conto “Funes, o Memorioso” (22) , diz que “(Funes) Tinha aprendido sem esforço o inglês, o francês, o português, o latim. Suspeito, entretanto, que não era muito capaz de pensar. Pensar é esquecer diferenças, é generalizar, abstrair. No abarrotado mundo de Funes não havia senão pormenores, quase imediatos.”. Portanto, vale frisar que o esquecimento, muito longe de…

relaciona-se com a dimensão do tempo passado, estabelecendo uma necessária interação entre o esquecimento (apagamento) e a preservação integral do passado (TODOROV, 2000a: 18-19), na verdade, preservação impossível. Imaginar que exista alguém como Funes, o memorioso, de Borges (1976), personagem que retém a totalidade do que viveu, é tão inconcebível quanto outro, citado por Galeano (1999: 216), que “possuía tão má memória que um dia se esqueceu de que tinha má memória e se lembrou de…

entre dois polos: o da transmissão oral viva e o da conservação pela escrita, sendo a primeira frágil, e a segunda, mais duradoura, mas as duas são ausência; assim, o lembrar é tão necessário quanto o esquecer. (GAGNEBIN, 2006; SANTOS, 2003). “Funes, o memorioso”, ainda não se fez presente nas vozes da humanidade, a não ser na literatura de Borges (2001). Considerações finais A despeito das dificuldades que são expressivas ao se realizar uma pesquisa sobre a história e a memória da…

aparência constantemente. Mesmo o seu cachorro, ele me disse, parecia tão diferente a cada momento que ele se perguntava se era de fato o mesmo cachorro. (‘Quando Virgil disse isso, lembrei-me de uma descrição no conto de Borges “Funes, o memorioso”, em que a dificuldade de Funes com conceitos gerais a coloca numa situação semelhante: Não lhe era apenas difícil compreender que o termo genérico cão abrangesse tantos indivíduos díspares e de diferentes formas e tamanhos; aborrecia-o…

publicado há seis meses. Isso também é uma perda de memória. A abundância de informações sobre o presente é uma perda, e não um ganho. PERGUNTA - A memória é o esquecimento, como diria [o escritor uruguaio] Mario Benedetti. ECO - É a história de "Funes, o Memorioso", de Borges: aquele que tem toda a memória é um estúpido. PERGUNTA - Tanta informação faz com que os jornais pareçam irrelevantes? ECO - Esse é um de nossos problemas contemporâneos. A abundância de informação irrelevante,…

mas também de seleção não só de e, portanto, essencialmente de exclusão. Cabe aqui retomar uma constatação equivalente advinda da literatura de Borges: impossível pretender manter uma memória integral como aquela de Irineo Funes, o memorioso, cuja capacidade ilimitada de arquivar e reevocar os dados retidos na memória, de preciosa qualidade, acaba por se converter em incontornável transtorno. De tal modo que o impede de pensar, porque incapaz de abstrair e…

internas, numa superabundância informativa que nos faz lembrar o conto Funes, o memorioso, de Jorge Luís Borges.233 Ireneo Funes era um rapaz conhecido por não se dar com ninguém e por saber sempre a hora, como um relógio. Aos 19 anos, depois de uma queda que o deixou paralítico, adquiriu percepção e memória infalíveis. De tão rico em detalhes, o presente tornou-se quase intolerável; suas memórias acumulavam-se infinitamente. Funes guardava absolutamente tudo, todas as versões,…

internas, numa superabundância informativa que nos faz lembrar o conto Funes, o memorioso, de Jorge Luís Borges.233 Ireneo Funes era um rapaz conhecido por não se dar com ninguém e por saber sempre a hora, como um relógio. Aos 19 anos, depois de uma queda que o deixou paralítico, adquiriu percepção e memória infalíveis. De tão rico em detalhes, o presente tornou-se quase intolerável; suas memórias acumulavam-se infinitamente. Funes guardava absolutamente tudo, todas as versões,…

da mulher, enquanto mostra as próprias limitações fabricadas pela sociedade e que foram impostas ao segundo sexo. SALA 5 TEMA: Literatura hispânica 1) Título: Flor-da-paixão e o cachorro das três e quinze – Linguagem e Memória em Funes, o memorioso, à luz de Roland Barthes Autor: Marcelo Alves Área: Literatura Sub-área: Teoria da Literatura Resumo: É evidente que a literatura, como um todo, possui seus artifícios essenciais capazes de nos mostrar, atemporalmente, a relação…