Padrós e a memória
O presente artigo pretende discutir, à luz da experiência histórica, os usos da memória e do esquecimento, dentro da perspectiva da desmemória ou memória confiscada. O objetivo de tais reflexões é o de pensar o confronto memória-esquecimento colocado por diversos atores sociais e políticos nos países latino-americanos que, no passado recente, sofreram experiências de ditaduras de Segurança Nacional, aqui consideradas como situações-limite concretas por envolver práticas de extermínio, desaparecimento e terror de Estado.
Palavras-chave: Memória – Esquecimento – Desmemória
Resumen
El presente artículo se propone discutir, a partir de la experiencia histórica, las formas de utilización de la memoria y del olvido, desde la perspectiva de la desmemoria o memoria confiscada. El objetivo de estas reflexiones es el de poder pensar la contraposición memoria-olvido colocada por los diversos actores sociales y políticos de los países latinoamericanos que, en un pasado reciente, tuvieron experiencias de dictaduras de Seguridad Nacional, aquí comprendidas como situaciones-límite concretas fundamentadas por las prácticas de exterminio, desaparecimiento y terror de Estado.
Palabras-llave: Memoria – Olvido - Desmemoria
Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado.
George Orwell - 1984
Introdução
A produção significativa de reflexões sobre a complexidade e diversidade das questões pertinentes à memória mostram que esta é uma temática cada vez mais recorrente numa sociedade marcada pela aceleração do instantâneo, pelo efêmero e pela crescente e notável diminuição de densidade temporal entre os acontecimentos e a sua percepção. O universo de possibilidades na sua abordagem é extenso, como demonstram as obras de Lowwenthal (1998) e Schacter (1999). Esta discussão pauta-se sobre os usos da memória e do esquecimento, dentro da perspectiva da desmemória (cujo sinônimo talvez seja o de “apagamento” [1] ), ou da idéia de memória