Christophe Dejours

POR UM NOVO CONCEITO DE SAÚDE1 Christophe Dejours Parece-nos bastante ambicioso querer colocar face a face pesquisadores científicos e trabalhadores; é como uma aposta. Sensibiliza-nos a pergunta feita por Jean Hodeboug2: “quem é especialista em matéria de saúde, de condições de trabalho, de organização do trabalho?”. Pessoalmente, sempre defendemos o ponto de vista segundo o qual a contribuição dos cientistas, embora necessária, é relativamente limitada. Primeiro, deve ela ser…

capitalismo. Trad. de Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Record, 2009. THE DOWNSIZING OF AMERICA. Nova York: Times Books, 1996, p. 7-8 Soto, Eduardo, Comportamento Organizacional: o impacto das emoções, SP: Pioneira Thomson Learning, 2002. DEJOURS, Christophe. A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: FGV Editora, 1999. Wagner III, John, Wagner III, John R. Hollenbeck. Comportamento Organizacional: Criando vantagem competitiva, SP: Saraiva 2002.

BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 2 ed. São Paulo: Campus, 2005. CONTE, Eda. Qualidade de Vida no Trabalho. São Paulo: Casa da Qualidade Editora, 2005. DEJOURS, Christophe. A Loucura do Trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez Editora, 2002. FERREIRA, Valderez. Gestão pela Formação Humana. São Paulo: Impetus Editora, 2002. FRITZ, Robert. Estrutura e comportamento…

banalização da injustiça social, mas também a banalização de comportamentos antiéticos. 1. Introdução Neste trabalho pretende-se propor uma reflexão sobre comportamentos antiéticos, partindo para uma linha de discussão análoga a apontada por Dejours (1999), sobre a banalização da injustiça social. Segundo o autor, há uma tolerância social cada vez maior com as injustiças sociais, os sofrimentos infligidos a outrem em nossas sociedades. Tal tolerância não resultaria apenas da…

chefia. Apesar de esse disposi-­‐ tivo clínico não ser referenciado pela psicodinâmica do trabalho, podemos ressaltar que chegamos a conclusões parecidas com as de Dejours (2004), que ressalta a importância da produção de sentido no trabalho para a saúde do trabalhador, proveniente da possibilidade de uma dinâmica…

capitalista de produção incorporado pelo sistema industrial e pela sociedade valoriza a produtividade e está diretamente ligado ao isolamento social dos gerontes, pois ele, valoriza o ser humano na medida que suas ações sejam produtivas ou lucrativas (DEJOURS, 1949). Devido a esta situação, a terceira fica limitada ou impedida de desempenhar seus papéis, sendo assim estigmatizada pela sociedade como ser improdutivo e incapaz, tornando-se então um encargo e prejuízo social (SILVA,…

Janeiro : Campus, 1999. _____________________ Recursos Humanos na Empresa. São Paulo : Atlas S.A. , 3. ed.., 1994. DAVIDSON, Jeff. O Mais Completo Guia sobre como Lidar com o Estresse. Ed. Mandarin, 2001. DEJOURS, C. A Loucura do Trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho /Christophe Dejours / Tradução de Ana Isabel Paraguay e Lúcia Leal Ferreira - São Paulo : Cortez – Oboré, 1988. DELBONI, Thaís Helena. Vencendo o Stress - Como Melhorar as Relações de Trabalho para Viver Melhor.…

estão voltados para a manutenção da força de trabalho. Deste modo, os autores (op. cit.1992) ressaltam que neste contexto “o indivíduo deve ser um recurso estável, forte e confiável, um tipo muito especial de máquina que não quebra.”( p.105) 28 Dejours (1994) preconiza a importância de um referencial social-histórico do indivíduo para o entendimento da relação trabalho – saúde mental. O autor (op.cit. 1994) critica o reducionismo ao estudo das condições de trabalho e propõe que no…

o servidor da carreira Agente de Polícia Federal. O presente estudo se faz, portanto, relevante também em função da escassez de pesquisas orientadas para o estudo da motivação dos servidores públicos brasileiros no trabalho. Estudos importantes (DEJOURS, 1996) apontam para a função decisiva do trabalho na constituição física e psíquica do indivíduo, podendo o mesmo ser um dos causadores de saúde e doença, como também fonte de prazer e desprazer, o que nos leva a supor que a motivação no trabalho

trabalho nocivas a sua saúde. Ora, “o processo de análise do sofrimento beneficia os sujeitos, pois produz sentido no lugar das defesas, isto é, torna possível um processo de reapropriação do sofrimento e da inteligibilidade das vivências subjetivas” (Dejours, 1994, p.116). Segundo essa vertente, as articulações do singular e do coletivo são privilegiadas na análise das vivências subjetivas no trabalho. Percebe-se, nitidamente, nas histórias singulares - no caso específico, das…