formação da cultura de classe média

encontrava-se incrustado – quiçá incubado – no período investigado pelo historiador Peter Gay no livro O século de Schnitzler, isto é, de 1815 a 1914. O legado do governo napoleônico no século XIX e as chagas da Primeira Guerra Mundial são referências importantes para se pensar a formação da cultura de classe média, pois são pontos históricos que evidenciam o desenvolvimento, consolidação e declínio de uma civilização, a civilização liberal, com todos os seus valores, visões de mundo, organização do poder, dinâmicas sociais, ideologias, gerência do trabalho etc. Como se fala, majoritariamente, do século XIX, é forçoso reconhecer o papel essencial desempenhado pela burguesia nesse ínterim: após terem se rompido as amarras feudais do Antigo Regime através da Revolução Francesa, a senda histórica trilhada pela burguesia fora em grande parte desobstruída, embora não totalmente, afinal, a década revolucionária colocara outros personagens e ideologias em cena. Por meio do recorte de tempo escolhido, Peter Gay procurou analisar o que ele chamou de “formação da cultura de classe média”, ou melhor, de classes médias, já que, segundo ele e outros observadores, a heterogeneidade é uma das principais características desse grupo social. Dado se tratar de um problema que se apresenta a partir de uma infinitude de possibilidades de abordagem, o historiador resolveu tratar de alguns aspectos da experiência histórica da burguesia no século XIX através de indicativos empíricos que…

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS RESENHA RELACIONANDO O TEXTO “BURGUESIAS (S)” DE PETER GAY COM O FILME “CASANOVA E A REVOLUÇÃO” DE ETTORE SCOLA por THAÍS TAVARES Trabalho entregue ao Professor Carlos E. Sarmento como parte dos requisitos obrigatórios para a obtenção dos créditos da disciplina Cultura e Sociedade. RIO DE JANEIRO novembro de 2010 O texto “Burguesia(s)” de Peter Gay tem o objetivo de mostrar a…

A experiência burguesa da Rainha Vitória a Freud: a educação dos sentidos. Peter Gay nasceu em Berlim, em 1923. Graduou-se em 1946 na Universidade de Columbia, onde lecionou entre 1962 e 1969. Intelectual conhecido no mundo inteiro é hoje professor emérito de história na Universidade de Yale (EUA). A educação dos sentidos é o primeiro de uma série de volumes que mostram como realmente pensavam e agiam as classes médias européias e norte-americanas desde 1820 até a Primeira Guerra…

Resenha de “ A Educação dos Sentidos” (Peter Gay) Neste primeiro capítulo, Peter Gay discorre na intenção de melhor nos fazer compreender a experiência burguesa no século XIX, e como foi sendo definida essa classe em emergência. A burguesia apontada pelo autor não era de fato uma classe homogênea, coesa e solidificada, guardando, então, dentro de si mesma várias divergências. Em uma época em que a idéia de “consciência de classes” estava em efervescência, era importante assegurar a…

História e literatura, segundo Peter Gay: apropriações da realidade Ana Amelia M. C. Melo Doutora em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Professora do Departamento de História da Universidade Federal do Ceará (UFC). anamelia@gmail.com História e literatura, segundo Peter Gay: apropriações da realidade Ana Amelia M. C. Melo Gay, Peter. Represálias selvagens: realidade e ficção na literatura de Charles…

Contemporânea I Análise do capítulo do livro didático relativo à História Contemporânea voltada ao Ensino Fundamental, cujo tema seja relativo à Europa ou África, no século XIX. Parte 1 Livro analisado: História, Projeto Radix, 8º ano- Vicentino, Cláudio, São Paulo. Scipione, 2009 O capítulo 10 – A Europa no Século XIX O capitulo 10 faz parte do módulo 5 sendo que o livro se divide em um total de 8 módulos, este capítulo se apresenta com as seguintes divisões e subitens. A…

divulgada à todas as nações com populações germânicas. Até no Brasil os descendentes de alemães tinham exemplares do livro Mein Kampf de Hitler e não viam mal algum nisso. Mas afinal, que motivos levaram os alemães a seguir este regime, como pôde um povo inteiro aderir a uma ideologia racista e repressiva como o nazismo? Como pôde este povo seguir cegamente seu líder? É notório que após a Primeira Guerra Mundial os alemães buscaram incessantemente por um messias, um salvador da…

Universidade Estadual de Santa Cruz DFCH: Departamento de Filosofia e Ciências Humanas Disciplina: Teorias II Docente: Luiz Henrique Blume Discentes: Alex Santos Rosa, Elaine Alvino e Luciana Rocha Burke Peter, O que é a historia cultural? Tradução: Sergio Goes de Paula – RJ, Ed.2005 CAPITULO 6 : Além da virada cultural ESQUEMA DE LEITURA 1) A expressão NHC parecia uma boa idéia quando foi cunhada no final da década de 1980, como foi também o caso da “nova historia” (EUA…

comunica-se com as demais esferas, o jovem Dorange apresenta elementos de uma pretendida relação familiar que pode ser empregado em toda a comunidade e nação francesa. A nova sociedade vivenciava novas relações e era preciso pensar e acreditar em elementos essenciais a ela. O amor fraterno levaria à união desejada de todos, a uma relação estável e positiva, estaria fechada assim ao possível caos. É sobre esses dois textos e sobre os aspectos aqui levantados que é pretendida a análise…

MAIS AMOR E MAIS TESÃO As quase quinhentas páginas do livro vão além do registro da subcultura gay no Brasil. Qualquer estudioso da cultura brasileira urbana do século XX vai se beneficiar da garimpagem realizada por Green. As notas bibliográficas dão a dimensão da profundidade da pesquisa. O autor registra costumes, locais, histórias de vida e uma iconografia riquíssima, tornando seu livro uma fonte preciosa para historiadores, antropólogos, estudiosos de comunicação e de…