Clastres

poder entre os povos indígenas segundo Pierre Clastres Segundo Pierre Clastres, a relação de poder entre os povos indígenas difere da visão ocidental por não ser baseada na dicotomia comando-obediência. O etnocentrismo constitui uma barreira epistemológica porque apenas conseguimos ver a outra cultura a partir de nossas próprias categorias. A etimologia da palavra, por si só, já constitui uma explicação: seria uma etnia no centro, ou seja, ver todas as outras culturas a partir daquilo que tomamos como central, importante e verdadeiro. Isso impossibilita uma verdadeira apreensão de outras sociedades. Segundo Pierre Clastres, é isso que ocorre na questão do poder. O Ocidente classifica as sociedades indígenas como sociedades sem poder. Elas apresentam um chefe, mas este chefe é desprovido de poder coercitivo. Para o autor, o grande problema é que para pensar o poder nessas sociedades, a etnologia (estudo das etnias) parte sempre do poder político que se baseia na dicotomia comando-obediência. Para essas sociedades, nada seria mais estranho do que alguém mandar no outro e o outro obedecer. Elas não veem o poder a partir dessa categoria. A etnologia em seus estudos faz com que as sociedades primitivas girem em torno da civilização ocidental, como se o poder comando-obediência fosse a forma universal do poder. Para Clastres, universal é o fato de que não há social sem poder, pois essa é uma questão que teve de ser resolvida por todas as sociedades. Entretanto, a forma…

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN Faculdade de Direito - FAD Disciplina: Antropologia Jurídica Professora: Maria das Graças Aluna: Adriane Alves de Oliveira. Resumo Livro: A Sociedade contra o Estado – Pierre Clastres. Mossoró Agosto - 2013 O livro em questão foi publicado, inicialmente, em 1974 e tem como autor, um grande antropólogo, chamado Pierre Clastres. Trata-se de uma análise profunda sobre a…

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA PÚBLICA BACHARELADO EM SEGURANÇA PÚBLICA E SOCIAL Disciplina: Mediação e Administração de Conflitos Professores: Michel Lobo Toledo Lima e Victor Torres de Mello Rangel Ementa Mediação de conflitos e processos de tomadas de decisão. Individualismo moderno e seus dispositivos de normalização. Governamentalidade e civilidade. Conseqüências dos conflitos: vulnerabilidade; ambivalência; consenso; equilíbrio. Objetivo: Através da análise da literatura das, ou por…

Modesto Florenzano SOBRE AS ORIGENS E O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO MODERNO NO OCIDENTE* Modesto Florenzano I Na Introdução à sua A ética protestante e o espírito do capitalismo, Max Weber também incluiu o Estado ao lado do capitalismo e daqueles fenômenos culturais, que, por serem encontradiços em outros espaços e tempos, não podem ser considerados como uma criação exclusiva da Civilização Ocidental. Mas Weber procurou justamente demonstrar que somente na Civilização…

Florenzano, Modesto Sobre as origens e o desenvolvimento do Estado moderno no Ocidente Lua Nova, núm. 71, 2007, pp. 11-39 Centro de Estudos de Cultura Contemporânea São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=67307102 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no…

Modesto Florenzano SOBRE AS ORIGENS E O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO MODERNO NO OCIDENTE* Modesto Florenzano I Na Introdução à sua A ética protestante e o espírito do capitalismo, Max Weber também incluiu o Estado ao lado do capitalismo e daqueles fenômenos culturais, que, por serem encontradiços em outros espaços e tempos, não podem ser considerados como uma criação exclusiva da Civilização Ocidental. Mas Weber procurou justamente demonstrar que somente na Civilização Ocidental teve…

ANTROPOLOGIA . François Laplantine – livro: Aprender Antropologia Estudar a PARTE I: Capítulos I - A figura do mau selvagem e do bom civilizado - a figura do bom selvagem e do mau civilizado; III - O tempo dos pioneiros: os pesquisadores-eruditos do século XIX; IV - Os pais Fundadores da Etnografia: Boas e Malinowski; . Pierre Clastres, A Sociedade Contra o Estado. Estudar os capítulos Selvagem e o Copérnico; O Arco e o Cesto; A Filosofia da Chefia Indígena e A Sociedade Contra o…

Sobre as origens e o desenvolvimento do estado moderno no ocidente* On the origins and development of the western modern state Modesto Florenzano Professor do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP RESUMO O texto discute o problema da formação do Estado moderno no Ocidente e está organizado em quatro partes. Primeiramente, aborda-se o Estado em termos teóricos e gerais e de um ponto de vista que concerne mais às Ciências…

ANTROPOLOGIA  François Laplantine – livro: Aprender Antropologia Estudar a PARTE I: Capítulos I - A figura do mau selvagem e do bom civilizado - a figura do bom selvagem e do mau civilizado; III - O tempo dos pioneiros: os pesquisadores-eruditos do século XIX; IV - Os pais Fundadores da Etnografia: Boas e Malinowski;  Pierre Clastres, A Sociedade Contra o Estado. Estudar os capítulos Selvagem e o Copérnico; O Arco e o Cesto; A Filosofia da Chefia Indígena e A Sociedade Contra o Estado.…

se transforma. Como na borboleta que esforça para alcançar a luz radiante que lhe aquece, o espírito, ainda na adolescência, também busca libertação. E assim, em inúmeras tentativas, a borboleta abre-se para o mundo, deparando-se com a Verdade que a lagarta encobria. Portadora de asas flexíveis e suaves se impulsiona para os Jardins da Vida. Assim é o espírito que trilha o Caminho para a Vida, enfrentando a inconsciência de si mesmo, em busca de algo que ainda não têm, mas que dentro…