A Malandragem E O Jeitinho Brasileiro

A construção do herói brasileiro em Glauber Rocha: A construção da personagem principal nos filmes de Glauber Rocha é diferente das construções de outras personagens presentes na literatura brasileira. O comum entre Glauber e a maioria dos escritores é a representação do brasileiro pobre, oprimido e explorado, junto ao meio e as condições em que vive. A maioria dos escritores faz crítica dessas condições deploráveis de vida abordando a miséria, a fome, a opressão, as humilhações…

difundida no cotidiano do país, o famoso “jeitinho brasileiro”. Mundialmente conhecido, o nosso jeitinho de tentar se dar bem a todo custo, a malandragem é quase que uma característica da nação, podendo ser definida como a capacidade individual de adequar uma situação em beneficio próprio ou de outrem. Interpretada por alguns autores como uma característica muito bem vista, como sendo até uma virtude. Em contrapartida, há estudiosos que veem o “jeitinho” apenas como mais uma forma de corrupção,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO RENAN RODRIGUES DE OLIVEIRA SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES RESENHA “TRAÇOS BRASILEIROS PARA UMA ANÁLISE ORGANIZACIONAL” MARIANA 2014 Docente: Marisa Singulano Data: 31/10/2014 1 INTRODUÇÃO Na obra os autores desdobram sobre as questões sobre as culturas organizacionais na ótica brasileira, que durante as linhas do texto nos traz o destaque dos pilares gerencias para

antropologia e a diacronia da história. Schwarcz a partir da “fábula das três raças” busca retratar o caráter misto da sociedade brasileira, que ora constrói e ora desconstrói a figura representativa do malandro. O Brasil é pintado por intelectuais brasileiros, com uma grande ausência de tradições locais, de singularidades, ou seja, de uma cultura nacional. “De fato o tema da identidade mais aparece comum ‘obsessão local’, surgindo nos momentos mais inesperados, nas horas mais…

é negado na casa, como sexo e trabalho, se encontra na rua. O trabalho representa, de uma certa forma, as relações, que ocorrem entre os indivíduos da casa na rua, tendo um papel de mediador nesses espaços. O trabalho é considerado, para os brasileiros, um horror, pelo fato de perdurar a tradição católica romana, que utilizava o trabalho como castigo numa ação destinada à salvação. Desse modo, a casa, a rua e o trabalho acabam tomando significados mais abrangentes e mais complexos…

valores, escolhas e ideais de vida.(pág.9) O Brasil é um lar para todos e os indivíduos refletem toda sua construção histórica de modo que onde houver um brasileiro adulto existirá com ele também o Brasil. O Brasil está em todos os lugares, não somente nas representações cultas (nas instituições mais importantes e também no jeitinho malandro “brasileiro”). “O Brasil do povo e das suas coisas, da comida, da mulher, da religião que não precisa de teologia complicada nem de padres…

amigos para contarmos nossas intimidades, Alimento é aquilo ingerido para manter uma pessoa viva, comida é o se come com prazer, a mulher pode ser comida (metáfora para o sexo) por um homem, a relação sexual o ato de comer indica de que modo os brasileiros concebem a sexualidade. A mulher usa o alimento e sua sensualidade para conquistar os homens. O carnaval, ou o mundo como teatro e prazer O carnaval surge na Grécia antiga para agradar aos deuses, a igreja condenou como ato…

Segundo Motta e Caldas (1997), não há dúvida de que este trabalho não abrange todos os traços nacionais brasileiros. Certamente, também não usa todas as perspectivas e enfoques utilizados na análise antropológica da cultura brasileira, e tampouco se aprofunda muito nas perspectivas que se teve como intenção estruturá-los de tal maneira que possam ser facilmente associados e visualizados no cotidiano de organizações no Brasil. É esse o motivo de limitação de referenciais, e é também por isso que

assim ganhamos a fama da malandragem e o tão usado “jeitinho brasileiro”. Na década de 70, o meio-campista Gérson de Oliveira, também conhecido como “canhotinha de ouro”, tricampeão mundial da seleção Brasileira, ao protagonizar um comercial de cigarros da marca Vila Rica, soltou o jargão "Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, leve Vila Rica!" A propaganda captou um elemento de identificação nacional e sintetizou de uma vez o jeitinho brasileiro de fazer o…

brasileira. Em 2008, 48% da população brasileira se considera branca, 44% se identifica como parda e 7% se considera negra. Os índios brasileiros não apresentavam relevantes diferenças genéticas entre si: seriam todos descendentes do primeiro grupo de caçadores asiáticos que chegaram às Américas, há 60 mil anos3 . Porém, culturalmente falando, os aborígenes brasileiros estavam inseridos numa diversidade de nações com línguas e costumes distintos. A chegada dos primeiros colonos…