traços culturais brasileiro

Segundo Motta e Caldas (1997), não há dúvida de que este trabalho não abrange todos os traços nacionais brasileiros. Certamente, também não usa todas as perspectivas e enfoques utilizados na análise antropológica da cultura brasileira, e tampouco se aprofunda muito nas perspectivas que se teve como intenção estruturá-los de tal maneira que possam ser facilmente associados e visualizados no cotidiano de organizações no Brasil. É esse o motivo de limitação de referenciais, e é também por isso que, dentro da literatura consultada sobre cultura brasileira, foi dirigida maior atenção aos traços que pareciam ser determinantes no campo organizacional.
“Dentro desse critério genérico cinco traços fundamentais foram citados na figura acima: hierarquia, personalismo, malandragem, sensualismo e aventureiro” (MOTTA e CALDAS, 1997, p. 45).
Posteriormente para maior compreensão será feito um relato sobre os traços culturais brasileiros mencionados no quadro 01.

5.3.1 Hierarquia

“Estabeleceu-se uma nobreza episcopal com gestos de quem abençoa ou pacifica na verdade de quem manda e domina” (Freyre,1996 apud Motta e Caldas 1997 p.45) .
Para Prado Jr. (1969) apud Motta e Caldas (1997), é essencial lembrar que o sistema escravocrata brasileiro renasceu de uma instituição que parecia sempre abolida do Ocidente. No mundo antigo, o escravo não era senão a resultante de um processo evolutivo natural, de um conjunto da vida social, material e moral, em que muitas vezes diferentes raças se alternavam entre conquistados e conquistadores. Por sua vez, na colonização da América, restaurou-se uma escravidão que não é ligada a passado ou a nenhuma tradição. Seu único objetivo era utilizar-se deste recurso que era o escravo, arrancando-o de seu habitat natural, como uma cirurgia, para ser usado e explorado como instrumento na obtenção de oportunidade do Novo Mundo.
Para Motta e Caldas (1997) assim, o inicio das primeiras relações sociais não advém de formas anteriores de