“A sociedade do trabalho e os movimentos por uma nova escola (final do século XIX e início do XX)"
“A sociedade ocidental vivenciou mudanças inusitadas a partir de meados do século XIX: a invenção de novos e revolucionários artefatos mecânicos – a locomotiva a vapor, a fotografia, o telégrafo, a iluminação elétrica, o telefone etc. -, novas concepções de tempo e espaço, redefinições urbanas e importantes movimentos políticos. Também ocorreu a consolidação dos espaços privados, particularmente no âmbito do lar e da família, que se definiu como referência na elaboração da identidade moral dos indivíduos e célula-base da sociedade. (...)”. (p.201).
“(...) Consolidado no século XIX, o capitalismo estabeleceu a concentração da propriedade privada e dos meios de produção nas mãos de um grupo social restrito: o da elite econômica.” (p.202).
“Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) foram dois dos principais críticos das novas relações de produção e da transformação da força de trabalho em mercadoria a ser trocada por salário. (...)”. (p.202).
“(...) o problema é que, com a introdução da maquinaria nas manufaturas e indústrias, dois aspectos fundamentais deixaram de ser controlados pelas pessoas e passaram a ser controlados pelas máquinas: o tempo de produção e o conhecimento sobre o processo de trabalho. Isso racionalizou atividades, hierarquizou qualificações e diferenciou salários. (...)”. (p.203).
“(...) Outra importante alteração introduzida pela indústria mecânica foi a demanda por um tipo de educação orientada para o trabalho. Para as camadas populares, como vimos, o impulso geral foi no sentido de uma instrução de base utilitária, destinada a formar o hábito da laboriosidade. Essa concepção utilitarista foi francamente criticada por Marx e Engels, que defenderam a união entre trabalho e educação. (...)”. (p.205).
“Além de alterar o âmbito do trabalho, a dinâmica da industrialização afetou várias