“A língua de sinais na educação dos surdos no decorrer da história”
A história da educação das pessoas surdas é constituída de avanços e retrocessos. Várias foram às tentativas feitas na busca de encontrar o melhor método para a educação dos alunos surdos. A educação das pessoas com surdez passou por processos e mudanças, ora determinadas pela comunidade majoritária (ouvintes) ora pelo resultado de lutas e resistências travadas pelas próprias comunidades surdas na busca de uma educação bilíngue e de qualidade. A discussão em torno da inclusão da pessoa surda no ensino regular é alvo de muitas polêmicas e discordâncias entre surdos e ouvintes que vem se desenrolando ao longo da história. Isso por causa da principal característica que diferencia os surdos das outras pessoas com deficiência: a especificidade linguística. Somente a partir do século XVI, os surdos são considerados educáveis. É neste século que surgem relatos de diversos profissionais da educação educadores que se empenharam em educar pessoas surdas. Nessa época, a figura do preceptor era muito comum. As famílias abastadas remuneravam professores para que educassem seus filhos para poderem obter o direito à herança de seus pais. Nesse contexto surge à figura de Pedro Ponce De Leon, monge beneditino da cidade de Madrid, considerado oficialmente como o primeiro professor de surdos. Na cidade de Paris, surge outro personagem de extrema importância na história da educação dos surdos. Trata-se do Abade Charles Michel De L‟Épée (Séc. XVIII) que a partir dos estudos dos sinais usados pelos surdos nas ruas de Paris, cria os Sinais Metódicos com o objetivo de ensinar os surdos parisienses a ler e escrever a língua francesa. Mais tarde, o método criado por L‟Épée, ficou sendo conhecido como gestualismo. Em contraposição ao gestualismo, surgem outros métodos fundamentados no uso da oralidade; como é o exemplo do método criado pelo alemão Heinicke que elaborou um modelo metodológico que ficou conhecido como