Ônibus 175

Análise do Documentário: Ônibus 174

O documentário Ônibus 174 apresenta ao telespectador uma nova visão sobre o sequestro do ônibus da linha 174 (atual 158), ocorrido em 12 de janeiro de 2000, no Rio de Janeiro. O fato é apresentado por completo, desde sua origem, passando por suas causas e chegando ao seu fim desastroso. O documentário torna-se mais interessante pelo fato de trazer depoimentos de sociólogos, policiais, algumas vítimas do sequestro, assim como, depoimentos de amigos e parentes do sequestrador. O episódio é protagonizado por Sandro Barbosa do Nascimento, um jovem sobrevivente da Chacina da Candelária. Sandro não conheceu o pai e aos seis anos de idade presenciou a morte de sua mãe, na favela onde morava. Passou a morar na casa de uma tia, porém pouco tempo depois passou a ser morador de rua. Começou a fazer assaltos para sustentar o seu vício em cocaína. No dia 12 de janeiro de 2000, Sandro que continuava morando na rua, fez um assalto, onde adquiriu uma quantia de dinheiro e uma arma calibre trinta e oito. Com o dinheiro, o jovem comprou cocaína e também queria trocar a arma por droga, mas os traficantes não aceitaram. Sandro, de posse da arma, entrou no ônibus e ao perceber que uma viatura da polícia de aproximava, ficou assustado e fez onze reféns. Ao fim do sequestro, uma das reféns foi atingida, por um tiro de um policial e três tiros disparados por Sandro, ela não resistiu e acabou morrendo. Sandro saiu ileso, foi conduzido a uma viatura da polícia enquanto uma multidão tentava linchá-lo, dentro do veículo faleceu por asfixia. Ao analisar o fato, percebemos que Sandro é mais uma, das vítimas da sociedade em parceria com o Estado. Pois, tudo o que esse jovem assim como, tantos outros precisam é de oportunidades. No entanto, o que recebem são pessoas que os tratam como se não fossem seres humanos, são simplesmente ignorados, tornam-se invisíveis. E o Estado que teoricamente tem o