Índice de percepção da corrupção e “estados falidos”
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Índice de percepção da corrupção e “Estados Falidos” É possível ter uma ideia do grau de corrupção na maioria dos países com base no Índice de Percepção da Corrupção (IPC). O IPC é elaborado anualmente pela Transparência Internacional, organização não governamental com sede em Berlim (Alemanha). Com base nesse índice essa ONG classifica os países segundo o grau de corrupção percebido no setor público. O IPC varia de zero (altamente corrupto) a dez (altamente limpo). É baseado em pesquisas e entrevistas feitas por várias entidades junto a diversos setores da sociedade mundial de cada país. Trata-se de um índice de percepção porque é impossível medir objetivamente a corrupção. É difícil analisar dados concretos para medi-la, como o número de acusações de corrupção e de casos levados ao tribunal. Esses dados podem refletir não necessariamente um elevado grau de corrupção, mas uma eficiente fiscalização da sociedade e da imprensa, levando a apuração dos fatos e ao julgamento dos envolvidos. Segundo esse critério, em 2009 o país menos corrupto, entre os 180 pesquisados, foi a Nova Zelândia, e o mais, a Somália. A corrupção é um problema que aparece em todos os países, entretanto é muito mais séria nos países pobres, onde o sistema jurídico é frágil e a cidadania pouco consolidada. Dos 23 países altamente corruptos do mundo (IPC até 2), onze estão localizados na África Subsaariana, a região mais pobre do mundo, dez na Ásia e dois na América Latina e Caribe (Haiti e Venezuela). Muito ligado ao problema da corrupção está à questão dos “paraísos fiscais”. Muitas vezes o dinheiro obtido em esquemas ilícitos é transferido para paraísos fiscais no exterior, muitos deles localizados em países desenvolvidos ou em territórios ultramarinos desses países. É importante salientar que o IPC avalia apenas a corrupção no setor público, não leva em consideração que muitos países na lista dos menos corruptos dão suporte financeiro aos criminosos existentes no