Ética e estética: Corpo Real x Ideal
Nesse sentido, a disseminação do corpo belo, é baseada no corpo magro, de modo que, em sua maioria, a relação do corpo com as práticas corporais perpassam pela preocupação com o peso corporal, fundados a partir da expectativa que lhes são colocadas. No entanto, os discursos da beleza, a partir de um corpo magro, dito “ideal”, pode ser transformado em inadequado, feio ou fora dos padrões estéticos de beleza a partir das contínuas mudanças de tendências em uma cultura ou sociedade. Vivemos em tempos em que o corpo deve ser completamente magro, compacto, firme, enxuto, recheado por formas metrificadas, com musculatura definida, jovem e sem marcas. Para tanto, vale ser cortado, emendado, mudado, bombado, enxertado, siliconizado, transformado, disciplinado e educado, objetivando um corpo “perfeito” a ser exibido. Sendo assim, da idéia predominante de um corpo magro como símbolo de beleza, passa-se para uma concepção de corpo que além de magro, deve ser “sarado”, enxuto, livre de gorduras e muscularmente definido. Este novo modelo, entretanto, não implica o abandono dos discursos anteriores, mas, sim, uma concepção de corpo atlético. Solange Frazão, Sheila Carvalho, “a feiticeira”, “mulher samambaia”, Arnold Schwartzenegger, Jean Claude Van Damme, Vitor Belfort, entre outros homens e mulheres, são exemplos de corpos musculosos, enxutos e quase