Ação moram e ação política em éric weill

Prova sobre estética em Platão no livro A República
A Aesthesis, como dimensão própria do homem, tem despertado, desde a Grécia antiga, interesse entre os filósofos , seja no âmbito ontológico, metafísico ou epistemológico.
Platão compreende a arte como tudo aquilo que se refere a um saber-fazer, ou seja, uma ação puramente técnica (teckne) e que se estende a várias áreas do agir humano como a política, a poesia, a marcenaria, a retórica, etc., e possui uma estreita conexão com a metafísica e a dialética visto que, ao se estabelecer o valor da arte, Platão preocupa-se em estabelecer seu valor de verdade.
Assim, a compreensão da arte passa necessariamente por sua teoria da forma (éidos) sem a qual se torna difícil discorrer sobre o belo, posto que as essências, compreendidas como realidades perfeitas e imutáveis, possuem correlatos no mundo sensível. As cópias (cosmos aisthétikos) embora não sejam perfeitas com a ideia (cosmo eidéticos) que a gerou, participa em algum grau da perfeição da eidos, uma vez que a teve como modelo, muito embora seja uma imitação do real.
Tendo como pano de fundo esse sistema binário (sensível-inteligível) Platão no diálogo A República levanta a questão do belo, do bem e do verdadeiro.
A República, cujo título exato é politéia ( Πολιτεία ), ou seja, governo ou constituição da cidade é vista como uma obra escrita entre o período médio e tardio da vida de Platão e constitui-se num diálogo composto de 10 livros onde o autor aborda uma variedade de temas que vai desde a ética, passando pela educação, epistemologia, política, formação do Estado, estética, até a vida após a morte, para citar apenas alguns.
Em sua obra A República, Platão, por meio de Sócrates, erige uma sociedade próxima da perfeição cujo fio condutor é a justiça (dikaiosyne) em consonância com o projeto ético e político da formação do indivíduo ( Paideia) e da constituição da cidade ideal (kallipolis). Ao longo da obra, Platão estabelece um paralelo entre a cidade