ÉTICA E ESTÉTICA- ARTIGO
Marcos Cordiolli marcos.cordiolli@gmail.com Apresentação
Este ensaio foi escrito como paper para os Encontros Necessários na sessão com tema
“ética e estética”. Neste evento dividi a mesa com
Carla Vendrami e Amabilis de Jesus. A mediação foi de Viviane Burger Balarotti. Os Encontros
Necessários foram promovidos pelo ACT – Ateliê de Criação Teatral, com a produção de Nena
Inoue e Micheli Siqueira. Esta sessão foi realizada em 03 de setembro de 2005.
Tema 1: Moral, ética e estética: algumas definições conceituais
A vida da humanidade em comunidade promoveu a criação de ambientes culturais, composto por regras, costumes, valores, hábitos, tecnologias, linguagens, rituais etc, e neste conjunto criou-se também referenciais para as condutas sociais, por convenção, chamado de moral. Os indivíduos assumem perante para si ou perante grupos de convívios conjuntos específicos de valores e padrões de conduta que denominamos de ética. Além disso, desenvolvem padrões para produção artística e de julgamento
do considerado belo que denominamos de estética. A moral é, entre outras coisas, o referencial (formado por um conjunto básico de valores e padrões de conduta) dos grupos sociais de normalidade e inclusão. Nas diversas sociedades, nas mais distintas épocas, existiram pessoas excluídas ou perseguidas, por se colocarem além das margens delimitadas, fora do campo de tolerância e/ou em dissonância com os padrões de normalidades determinados pela moral vigente no grupo.
A ética pode ser definida como um conjunto de valores e padrões de conduta, autoassumidos ou auto-proclamados, que constituem auto-referencia para a vida em sociedade e que expressa formas de ver e sentir o mundo. Há, portanto, ética individual e outra coletiva (como a dos médicos, dos educadores, dos policiais).
Estes valores e padrões de conduta representam juízos que julgam adequados (ou não) os valores
e