Ética e Aborto

EM QUE MOMENTO É CONSIDERADO ÉTICO, A PRÁTICA DO ABORTO?
Em que circunstâncias abortar é eticamente permissível? Esta é a questão em que se tem centrado o debate filosófico acerca do aborto.
Os defensores da posição pró-vida entendem que abortar um embrião ou um feto humano é profundamente errado, mas muitos admitem algumas exceções à proibição de abortar: podem julgar que é permissível abortar se o feto sofrer de deficiências graves, se a gravidez resultar de um ato de violação ou se abortar for necessário para salvar a vida da mulher. No campo da posição pró-escolha encontramos aqueles que sustentam que abortar é sempre permissível, ainda que alguns pensem que abortar nas mais fases mais adiantadas da gravidez é eticamente objetável. No entanto, alguns defensores de ambas as posições admitem algumas exceções face á alternativa do aborto.
O aborto pode ser considerado ético quando se trata de grávida correndo risco de morte ou em casos em que o feto não é viável à vida extra-uterina.
No caso de grávida correndo risco de morte realiza-se a antecipação terapêutica por motivos “lógicos”. Porém, tal circunstância pode gerar extremo desconforto e trauma à mãe.
No caso de estupro, há uma constante discussão no que se trata de “aborto ético”. Para alguns deles (conservadores), o aborto é moralmente permissível não apenas para salvar a vida da mãe, mas também quando a gravidez é resultado de estupro ou incesto.
Porém, muitos doutrinadores defendem que no caso de estupro não deve ser realizado o aborto, devido ao feto possuir total viabilidade de vida extra-uterina, mesmo tratando-se de gravidez indesejada.