Ética a nicomaco
A revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do capitalismo introduziram uma nova forma de sociedade, a sociedade em rede" (M. Castells).
A existência social e suas segmentações no mundo pós-moderno, dependem de nossa conexão em uma determinada rede. Existem inúmeras redes e estas por sua vez, resultam de uma rede intrincada de relações. Sejam estas relações de natureza biológica, social, política, econômica, ou tecnológica, as mesmas apresentam algumas características comuns e seu estudo faz parte da chamada "ciência da rede".
Esta ciência está associada a idéia de ciência pós-moderna, pois seu objetivo é o estudo das relações e não o aprofundamento de partes isoladas. Um mundo em rede é complexo, por isso gera vidas e relações complexas. Na verdade a máxima que acompanha a noção de rede é: "complexidade gera mais complexidade".
Os novos sistemas empresariais estão organizando-se a partir de diferentes formas de rede, e como exemplos marcantes M. Castells cita as empresas do Japão, da China e da Coréia. Assim, os trabalhadores hoje se classificam em "ativos na rede", "passivos na rede" e os "desconectados", e o tripé do sistema econômico global (produtividade, competitividade e lucratividade) depende de como as unidades econômicas estão conectadas nas redes da economia pós-moderna e de como elas administram a relação com os fluxos de informação.
A política pós-moderna tem suas estratégias organizadas em rede. De um lado, positivamente desterritorializados, temos a ação em rede dos novos movimentos sociais, políticos e culturais, os quais cada vez mais estão se constituindo como poder de oposição ao instituído, e possibilitam que as vozes anteriormente caladas, sejam ouvidas e suas concepções compreendidas. Destaco aqui R. Cardoso ao afirmar que "a criatividade, a negociação e a capacidade de mobilização serão os mais importantes instrumentos para conquistar um lugar na sociedade em rede". De outro