Ética a nicômaco
Aristóteles
A obra Ética a Nicômaco é composta por 10 livros. Embora Aristóteles tenha voltado a tratar do tema em outros livros sobre ética[1], este é, sem dúvida, o principal de seus trabalhos no ramo.
Aristóteles nasceu em Estagira (por isso era chamado também de O Estagirita), província da Macedônia. Aproximadamente em 367 ou 366 a.C. partiu para Atenas, a fim de instruir-se nas artes filosóficas.
Na época, duas grandes instituições educacionais disputavam a preferência dos jovens. Uma delas era a Academia de Platão, que, escolhida por Aristóteles, foi sua casa por aproximadamente 20 anos.
Ali Aristóteles conheceu Platão e, ao que consta, tornaram-se amigos, apesar das divergências relativas à Filosofia. Há uma celebre frase creditada à Aristóteles: "Sou amigo de Platão, mas mais amigo da verdade".
Aristóteles teria, na Academia, criado as raízes que lhe permitiram escrever sobre Ética, alguns anos mais tarde.
O nome do livro deve-se principalmente ao compilador da obra, que foi Nicômaco, filho de Aristóteles (o pai de Aristóteles também chamava-se Nicômaco).
Aristóteles foi o primeiro filósofo a distinguir ética da política, sendo que a primeira exprime a ação voluntária e moral do indivíduo, enquanto a segunda exprime as vinculações do indivíduo com a sociedade.
Ética é uma palavra que pode ser definida como a ciência da conduta. Designa as concepções morais nas quais um ser humano tem fé.
Para Aristóteles o homem tem um único objetivo a ser perseguido:o bem.
No primeiro livro, Aristóteles dedica-se a virtude humana, que para ele são duas: as virtudes éticas e as virtudes dianoéticas.
Por virtudes éticas entende-se aquelas que nascem do hábito e as virtudes dianoéticas são aquelas que decorrem da inteligência e podem ser desenvolvidas por um ensinamento.
Por ser o bem o fim de todas as coisas, os fins distantes das ações são os mais excelentes e os que devem ser procurados, em detrimento dos fins secundários.
No livro II