Ética Profissional na advocacia
Recente episódio envolvendo acidente aéreo de avião da empresa gol despertou a cobiça de vários advogados que, no ensejo de patrocinar as futuras ações de indenização pela morte das vítimas, procuraram as famílias para propor seus serviços sendo que, alguns, foram até o local onde as mesmas estavam hospedadas para realizar demonstrações de suas habilidades no intuito de serem contratados.
Referida corrida pelo “pote de ouro”, leia-se causa que tem grandes possibilidades de render vultosos honorários, expõe para a sociedade várias mazelas do ser humano e do próprio mercado jurídico de trabalho. O desvio de conduta humano nesse caso é visível pois, o advogado, mesmo sabendo que sua conduta fere princípios comuns de respeito e dignidade não exita em faze-lo pura e simplesmente por causa de dinheiro.
Esta busca por clientela também denota o inchaço insuportável de advogados existente no mercado advindo da explosão de faculdades de direito que em alguns casos visam apenas o lucro e, ao terem esse fim, logicamente não preparam o aluno para que possa exercer suas atividades sem necessitar passar por cima dos padrões éticos que a sociedade necessita para se desenvolver.
Uma das medidas mais salutares, implementadas pela OAB, para frear a entrada no mercado desses péssimos profissionais foi exatamente o estabelecimento do chamado “exame de ordem” que é uma prova de conhecimento técnico-jurídico imposta aos bacharéis em direito que desejam exercer a advocacia. Tal instituto, com certeza não é a melhor solução mas, supre em parte, a falta de ensino decente de algumas faculdades de direito.
Cabe abrir um parêntese para uma vez mais pois, como temos sido abordados constantemente sobre o assunto vemos a necessidade de esclarecer que, o indivíduo que estuda cinco anos em uma Faculdade de direito não se forma em advogado e sim em bacharel em direito não podendo exercer a advocacia antes de prestar o exame de ordem perante a seccional da