Ética no marketing ambiental
A necessidade da sociedade em buscar sustentabilidade nos variados tipos de empreendimentos tem gerado a introdução da variável ética nos procedimentos existentes nas instituições e organizações. A sustentabilidade clássica adotava variáveis sociais, econômicas e ambientais, mas o novo cenário emoldurado pela economia globalizada exige de todos os integrantes uma postura responsável em busca da sustentabilidade (BORELLA, et al., 2012). A grande discussão nas organizações é sobre a identificação dos impactos ambientais no seu entorno e como estes impactos gerados pelas pessoas e pelas organizações influenciam na ética ambiental. Neste contexto, as pessoas além de cidadãos comuns, passam a ser atores ou partes interessadas (stakehouders) na sustentabilidade ambiental (DRUMOND, 1994). Observa-se que desde a Revolução Industrial, as atividades humanas e o excesso de consumo vem provocando impactos cada vez maiores sobre os sistemas naturais (WILSON, 2002). A ética ambiental existe nas diversas faces da dimensão comportamental, a qual pressupõe a discussão dos valores humanos, como qualidade de vida, igualdade, solidariedade, responsabilidade com as gerações futuras. A ética ambiental diz respeito a qualidade socioambiental coletiva para o planeta e os seres vivos como um todo. (BORELLA, et al., 2012) Figueiredo (2010) destaca que a ética ambiental pressupõe uma abordagem interdisciplinar que contempla os aspectos políticos, econômicos e sociais. Devido a globalização, a ética ambiental sofre com a grande influência da doutrina neoliberal que defende o aumento de poder dos sistemas produtivos transacionais, desregulamentados e fortemente marcados pela competitividade pelas leis tradicionais do livre mercado. Nartilini (2003) diz que ética ambiental pode ser traduzida como uma espécie de grau de ameaça ao meio ambiente. A erudição não