Ética na publicação de artigos em revistas biomédicas
Ética na pesquisa científica e na publicação de artigos em revistas biomédicas
O debate acerca de questões éticas e bioéticas na pesquisa científica com seres humanos está na ordem do dia. Muito em parte pela celeuma criada em torno do artigo 5º da Lei de Biossegurança, envolvendo a utilização de células tronco embrionárias para fins de pesquisa, fato que agitou não só a comunidade científica, mas também a própria sociedade como um todo.
O assunto foi resolvido, afinal, com a chancela do Supremo Tribunal
Federal, que considerou, por seis votos contra cinco, não haver impedimentos constitucionais a tal tipo de experimento.
Por conta disso, é importante retomar o tema da Ética na pesquisa, em particular naquela realizada com seres humanos. A própria sociedade, a quem em última análise devemos satisfações, espera e cobra dos cientistas e pesquisadores que eles tenham sempre em mente os limites que podem e devem ser impostos às suas ações e experimentos.
A evolução das ciências em geral, e das biológicas em particular, no século passado, assumiu proporções tamanhas, que hoje se acredita haver no mundo um número maior de cientistas que o total daqueles que o mundo já teve e morreram.
Baseado apenas nesse número astronômico é lícito supor que há e haverá uma produção cada vez maior de conhecimentos e formas novas de tecnologia, as quais, em última análise fazem do homem seu “objeto-fim”, pois são a ele direcionadas.
Por outro lado, também é mais que óbvia a conclusão de que a cada dia que passa aumentam as pesquisas, principalmente na área da saúde, que têm o homem como seu “objeto-meio”. Ou seja: que fazem uso do ser humano como objeto de estudo, ainda que estes estudos sejam, em sua maioria, com a perspectiva de descoberta de novas possibilidades de cura ou tratamento para as mais diversas doenças.
A pesquisa científica com seres humanos, ou seja, aquelas que têm o homem como seu “objeto-meio”, somente passou a ser motivo de