Ética na midia
A falta de ética e compromissos sociais estão levando o radio e a televisão brasileira ao limite da barbárie. É preciso que se entenda o "modus operantis" dos responsáveis por essa barbárie e que a sociedade tome atitudes á altura de seu prejuízo social. A entidade que congrega os mercadores da comunicação radiodifusora no Brasil (ABERT) não tem nenhuma preocupação com os conceitos éticos e morais, bem como com os compromissos que seus filiados (empresários da radiodifusão) assinam no Ministério das Comunicações no momento que recebem a concessão de serviço de Rádio e TV do Estado.
O espectro eletromagnético é um bem do povo brasileiro e administrado pelo Estado como está escrito na nossa Constituição de 1988.
De acordo com o Art. 221 - A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Quando uma emissora de rádio ou TV (ou melhor: o empresário que a explora) recebe a concessão de funcionamento desse serviço, que é um bem público, do MiniCom, esse empresário está se responsabilizando, no uso do espectro eletromagnético, em preservar nossa identidade cultural, prestar serviço de utilidade pública, informar de maneira plural e democrática e manter nossa integridade nacional através da valorização de nossa língua, nossos costumes, nossas tradições e a honra dos símbolos nacionais. Porém, na verdade o que os mercadores da comunicação fazem é exatamente o oposto: usam das radiofrequências, que é um bem do povo brasileiro, para sua própria e absoluta lucratividade pessoal a qualquer preço. Destroem nossa cultura musical quando se colocam a serviço dos interesses de mercado das gravadoras sejam estas nacionais ou multinacionais;