Ética na mídia
A manchete é “Mãe, cujo filho quase morreu de leucemia, foi insultada por um grupo no Facebook chamado Dead Baby Jokes (piadas de um bebê morto).”
Ao se deparar com uma frase como esta, é normal sentir-se sensibilizado, e é possível imaginar o sentimento dessa mãe e dos familiares dessa criança.
“Segundo o jornal Daily Mail, seu filho, Billy, de 1 ano e 10 meses, foi diagnosticado com leucemia no ano passado e quase morreu. Mas depois que Julie enviou uma mensagem dizendo que se sentia ofendida, recebeu uma resposta que dizia que a situação do filho dela era hilariante.
Julie, que é assistente social, contou que não é a primeira pessoa a sofrer ofensas do grupo, que tem mais de 60 mil fãs, e uma petição para bani-lo já tem 22 mil assinaturas, mas nada foi feito. “As pessoas podem insultar aqueles que têm crianças doentes e os pais que estão sofrendo, porque é aparentemente liberdade de expressão”, disse a mãe indignada. Na rede social, há também uma página criada com o objetivo de acabar com esse grupo, com mais de 90 mil fãs.”
A liberdade de expressão é um direito fundamental, o que não significa dizer, absolutamente, que ela pode ser usada para justificar o preconceito, a violência, difamação ou ridicularizar doenças sérias. “Um porta-voz do Facebook disse ao jornal que a página não viola nenhuma política e que pretende encontrar um equilíbrio entre liberdade de expressão e um ambiente seguro online, apesar de ter concordado que o grupo pode ofender algumas pessoas.” É fato que os responsáveis pelo Facebook não tem controle total do que é compartilhado, de pessoas que usam de má fé e que se valem de um meio público bastante difundido simplesmente para chamar atenção, mas em momentos como esse devem ser levados em conta os sentimentos humanos, é preciso pesar também que as assinaturas para bani-los é 22 mil, contra 60 mil fãs, entretanto é fácil “curtir” uma página numa rede social quando não se sabe o sofrimento por aqueles que têm uma