Ética nos Video Games e Mídia de Informação
Por João Paulo Vianna A cada ano que passa, video games ganham cada vez mais espaço em nossa cultura em uma velocidade maior que qualquer outra mídia. Atualmente a indústria de games é uma das maiores e mais lucrativas e a idade do jogador médio vai aumentando e cada vez é mais comum gamers de vinte, trinta, quarenta anos. Com essa grande popularidade, toda uma cultura gamer tem sido formada perifericamente, incluindo uma enorme gama de mídia de informação especializada, especialmente na internet, onde a comunidade é mais vocal. Alguns sites como IGN, Kotaku e
Gamespost se tornaram gigantes, altamente influentes na indústria e rentáveis. Entretanto, com tanta influência, cada vez mais é sabido de relações antiéticas entre vários desse veículos e as relações públicas de grandes desenvolvedoras, que inclui subornos, boicotes e diversoso tipos de jornalismo tendencioso. Geoff Keighley, uma das figuras mais conhecidas do ramo, e já causador de muitas polêmicas, apareceu em um vídeo em 2012, supostamente para discutir sobre o trabalho de um jornalista de games. No vídeo, ele aparece cercado de Doritos e a bebida Mountain Dew, enquanto anuncia com um olhar vazio e tom de voz monótono sobre a nova promoção entre os produtos e o jogo
Halo
. O vídeo causou polêmica e abriu a discussão sobre os limites da relação entre o jornalista de games e a publicidade de produtos, muitas vezes o mesmo tipo que o jornalista deve analisar sob um olhar supostamente imparcial. E os exemplos não param por aí. Durante o evento britânico dedicado a editores e jornalistas especializados em games GMA, o Games Media Award, empresas incentivaram os presentes no evento a publicarem tweets
elogiando