ética na historia
O homem é um ser social, não vive sozinho. Assim torna-se necessário a criação de normas para mediar as relações entre os membros desta sociedade. “Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao Bem e ao Mal, ao permitido e o proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explicita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais”.[1]
Aqui já podemos separar ética e moral. Moral são os valores que a sociedade define para si mesma, o que julga ser a violência e o crime, o mal e o vício e, como contrapartida, o que considera ser o bem e a virtude. Somos formados pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para respeitarmos e reproduzirmos os valores propostos por ela como bons, e, portanto, como obrigações e deveres. Dessa maneira, valores e deveres parecem existir por si e em si mesmos, parecem ser naturais e intemporais, somos recompensados quando os seguimos, punidos quando os transgredimos.
A palavra costume se diz, em grego, ethos – donde ética – e em latim, mores – donde moral. Em outras palavras, ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros. Os costumes por serem anteriores ao nosso nascimento e formarem o tecido da sociedade em que vivemos, são considerados inquestionáveis e quase sagrados.
Se pudermos entender a moral como os valores instituídos pela sociedade que nos educou e nos formou, a ética deve ser entendida como algo mais amplo. A ética leva em consideração também o sujeito consciente. Assim o campo ético é constituído pelos valores e obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, realizadas pelo sujeito moral, principal constituinte da existência ética.
Para que haja conduta