Segundo o artigo “História da ética”, de Michele Campos, Michl Greik e Taciane do Vale, podemos definir a ética como um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar, que guiam as ações de um grupo em particular e o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir. Desta forma, há uma ligação entre ética e filosofia, onde a ética nunca pode deixar de ter como fundamento a concepção filosófica do homem, que nos dá uma visão total deste ser social, histórico e criador. Pois a história da ética se entrelaça com a história da filosofia, sendo que é na filosofia que a ética busca fundamentos para regular o desenvolvimento histórico-cultural da humanidade. Segundo Sócrates, o conceito de ética iria além do senso comum da sua época, onde o corpo seria a prisão da alma, que é imutável e eterna. Existiria um “bom em si” próprios da sabedoria da alma e que podem ser rememorados pelo aprendizado. Já para Aristóteles, a ética subordina à política, acreditando que na monarquia e na aristocracia se encontraria a alta virtude, já que esta é um privilégio de poucos. Em sua doutrina, a ética está em conformidade com a ordem vigente, sendo adaptativa, servindo as necessidades políticas de sua época. Ou seja, o homem deveria ser conformado com a sua realidade, sendo necessário à interferência da família e da educação para conter suas paixões. Aristóteles dizia que o objetivo da filosofia política é o bem supremo do homem, seu fim último. Resume-se a ética dos antigos em três aspectos: o agir em conformidade com a razão; o agir em conformidade com a natureza e com o caráter natural de cada indivíduos; união permanente entre ética e política. Conforme S. tomás de Aquino e Santo Agostinho, incorpora-se a idéia de que a virtude se define a partir da relação com Deus e não com os outros. Deus é considerado o único mediador entre os indivíduos, sendo a fé e a caridade as duas principais virtudes. De tal forma que através do cristianismo, se afirma na ética o