Ética em epicuro
Segundo o texto, o ser humano vive um estilo de vida de muita correria e sem sentido, vida cheia de preocupações, falta de alegria e cheia de angústia. Vive-se no caos do desamor e falta de harmonia, não conseguindo os seres humanos transformar o carinho que sentem por outro em relacionamento gratificante, pois são formatados por instruções errôneas e orientações que dividem em classes e números.
A humanidade esta doente e precisa de tratamento. Essa doença vem da falta do verdadeiro conhecimento, o logos, que é o remédio e a cura “e que move a ação curativa é o generoso sentimento de philia, amor à humanidade”. E esse é um direito oferecido a todos, sem distinção social, econômica ou étnica. O remédio é oferecido a todos porque tem beneficio universal e, sabendo o filosofo que o mundo vive na condição de imitação, coloca-se na condição de orientador do bem, fazendo com que todos usufruam desse “remédio”.
Como se percebe, Epicuro afirma que o remédio é o “logos” filosófico, pois é ele o portador da verdade, “o discurso enquanto phármakon”, por isso tem efeito curativo. Essa reflexão oferece, na verdade, muito mais das principais doutrinas de Epicuro, assim, “o tetrapharmakon é o quádruplo remédio”.
Nesses ingredientes estão afirmações que incentivam a humanidade a não temer os deuses e a morte. Direcionam ao caminho para se alcançar a felicidade e suportar a dor. A ponte para a sabedoria é observar ações futuras em sintonia com o passado e, nesse sentido, conquistas no hoje as “delicias” da vida como o prazer e serenidade. “A anulação da dor física pode ser obtida por um remédio: representações mentais e o jogo das imagens”.
A sabedoria está em contrapor prazeres corpóreos e fazer com que no caso do presente ser doloroso, neutralizá-lo pela memória ou pela esperança no pressuposto de que uma imagem, resgatada do passado ou antecipada do futuro, pode ser mais forte que uma sensação.
Epicuro propõe aliar razão iluminadora e amor à