Ética de kant
Pode-se distinguir entre uma moral do bem, que visa estabelecer o que é o bem para o homem – a sua felicidade, realização, prazer, etc, e como se pode atingi-lo – e uma moral do dever, que representa a lei moral como um imperativo categórico, necessária, objetiva e universalmente válida.
A ética utilitarista seria do primeiro tipo, enquanto a de Kant, uma ética do dever, seria do segundo tipo. Além dessas, o pensamento ético de Nietzsche pode ser caracterizado como uma genealogia dos valores morais, isto é, uma investigação sobre a origem e o valor dos valores. E o pensamento de Sartre diz respeito à condição humana que lhe obriga a escolher livremente sua vida, sendo portanto um ser “condenado à liberdade”.
[1] Ética de Kant
A filosofia crítica de Kant consiste na busca de respostas a quatro grandes questões: (1) o que podemos saber?; (2) o que devemos fazer?; (3) o que podemos esperar?; (4) o que é o homem? A quarta questão é uma espécie de síntese das três anteriores. Em sua Lógica (1800), Kant afirma que “a filosofia... é por um lado a ciência da relação entre todo conhecimento e todo uso da razão; e, por outro, do fim último da razão humana, fim este ao qual todos os outros se encontram subordinados e para o qual devem se unificar”. O pensamento ético, ou a razão prática, diz respeito à segunda das perguntas apresentadas: o que devo fazer? De que modo devemos avaliar nossas ações, para considerá-las como morais, de um ponto de vista racional?
Kant estabelece que as ações das pessoas, para serem realmente éticas, devem pautar-se no seguinte princípio, denominado imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.” (Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 224.)
Imperativo categórico: princípio ético formal da razão prática, absoluto e necessário,