Ética das religiões
Introdução
Capítulo 1 — A Natureza da Religião
Capítulo 2 — Ética e Responsabilidade
Capítulo 3 — Ética do Xamanismo
Capítulo 4 – Ética do Budismo
Capítulo 5 — Ética do Judaísmo
Capítulo 6 — Ética do Xintoísmo
Capítulo 7 — Ética do Taoísmo
Capítulo 8 — Ética do Cristianismo
Capítulo 9 — Ética do Islamismo
Capítulo 10 — Ética do Jainismo
Capítulo 11 — Ética do Confucionismo
Conclusão
Apêndice
Bibliografia
INTRODUÇÃO
Para os religiosos, o supremo padrão de bondade é Deus, a encarnação do bem. Visto que cada religião tem um deus diferente ou vê o Deus comum de maneira diferente e diferenciada, cada sistema religioso costuma estabelecer seu próprio código de ética, definindo o que é certo e o que é errado. Esse é o motivo por que algumas apresentam princípios morais mais rígidos ao passo que outras apresentam normas éticas mais lassas, e noutras ainda estas quase inexistem. Além dessas, “existem outras conexões possíveis entre religião e moralidade. Têm-se dito que, mesmo que o bem e o mal existam independentemente de Deus ou dos deuses, apenas a revelação divina pode, de maneira confiável, informar-nos sobre o bem e o mal. Um problema óbvio com este ponto de vista é que aqueles que recebem revelações divinas ou que se consideram qualificados para interpretá-las, nem sempre concordam quanto ao que é bom e ao que é mal. . . .
Tradicionalmente, o mais importante elo entre religião e ética era a idéia de que os ensinamentos religiosos forneciam uma razão para fazer o que era certo. Em sua forma mais crua, a razão era que aqueles que obedeciam à lei moral seriam recompensados com uma eternidade de bem-aventurança enquanto os demais assariam no inferno.”1
CAPÍTULO I
A NATUREZA DA RELIGIÃO
Embora a voz corrente seja a de que o medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao mundo que o cerca levaram o homem a fundar diversos sistemas de crenças, cerimônias e cultos — muitas vezes centrados na figura de um ente