áreas degradadas revisão
A crescente necessidade de ampliação e aprimoramento de técnicas de manejo ambiental e de políticas de preservação, conservação e uso sustentável da natureza tem estimulado a intensificação de estudos que buscam identificar um padrão de respostas/caracteres vegetais relativos à minimização dos efeitos negativos de fatores abióticos para a permanência de espécies em diferentes biomas. Nos últimos anos, as pesquisas desenvolvidas têm concentrado esforços na maior precisão de identificação e avaliação das estratégias apresentadas pelas plantas melhor aclimatadas ao ambiente (FAHN e CUTLER, 1992; ZAVALA-HURTADO et al., 1995; BOEGER e WISNIEWSKI, 2003; WANG, 2003).
A distinção entre processos de recuperação e restauração tem como fundamentos detalhes da ecologia básica e, neste contexto, torna-se muito significativa a preocupação com os processos interativos e sucessionais. Para os fins previstos na Lei 9.985 de 18/07/2000, entende-se por recuperação a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original; restauração é a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original.
A restauração florestal de áreas perturbadas objetiva dotar os ecossistemas de meios e condições similares às originais, tanto nos seus aspectos estruturais como funcionais, para que os mesmos possam ofertar características biológicas e físicas que promovam sua autodeterminação (KAGEYAMA, 2005). Na prática, ela consiste em um conjunto de atividades que induzem o retorno do ecossistema a uma condição autossustentável, tendo como base o estabelecimento e a manutenção dos processos ecológicos (RODRIGUES et al., 2007), principalmente através da evolução dos estágios sucessionais, que atuarão como salvaguarda dos estágios subsequentes da restauração.
Embora os caracteres morfológicos das plantas tenham determinação