Áreas de atuação do psicólogo forense
* INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Historicamente, o sistema de justiça como conhecemos nos dias atuais é recente. Surge a partir da consolidação do Estado moderno, baseado nos princípios da revolução francesa e seus ideais de justiça: igualdade, liberdade e fraternidade.
Esse processo acarretou que os órgãos judiciais e legislativos incorporassem noções e conceitos de outras áreas, entre elas a Psicologia.
A aproximação entre Direito e Psicologia deu-se no campo da psicopatologia, com a realização de diagnósticos de sanidade mental solicitados por juízes, baseados no uso de diversos testes.
Assim, a psicologia passa a ser utilizada como um dos saberes que substitui cientificamente o inquérito na produção jurídica (Foucault, 1986).
A ideia de que a psicologia poderia auxiliar o direito já estava presente desde o século XVIII. Portanto, há mais de três séculos Psicologia e Direito buscam formas conjuntas de descrição do comportamento criminoso.
Desta forma, definidas as primeiras aplicações da Psicologia ao Direito, surgiram as diferentes denominações para uma nova área de trabalho. Segundo Selosse (1989), essas denominações dependiam do seu objeto de estudo. Na França, aqueles que estudaram os autores das infrações cunharam o termo “Psicologia Criminal”; aqueles que dispuseram a examinar as interações entre juristas e usuários do sistema judiciário, passaram a utilizar o temro “Psicologia Judiciária” e, finalmente, um outro grupo, interessado nas implicações da psicologia na punição e nas sanções, vem utilizando o termo “Psicologia Penal”.
No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia usa o termo “Psicologia Jurídica”ou “Forense” para definir uma das especialidades do psicólogo.
2. CONCEITO
É o ramo da psicologia dedicado ao estudo das personalidades que chamavam a atenção por apresentarem um comportamento criminoso. Consiste também na aplicação da psicologia clínica, de seus quadros teóricos e metodológicos, ou