Álvares de Azevedo
Manuel Antônio Álvares de Azevedo1 (São Paulo, Província de São Paulo, Império do Brasil, 12 de setembro de 1831 — Rio de Janeiro, Império do Brasil, 25 de abril de 1852) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro, autor de Noite na Taverna.
Obra “Lira dos Vinte Anos”
Lira dos Vinte Anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto — As Três Liras — em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães).6 é o título da principal obra do autor. Segundo alguns pesquisadores, o nome da coleção de poesias se dava ao fato de ter existido uma garota — a qual, até hoje, ninguém sabe a identidade, muito bem escondida pelo Dr. Jaci Monteiro — que tocava esse instrumento.
É evidente a explicitação de Álvares de Azevedo na postura consciente do fazer poético, afinal em seus prefácios há um alto grau de conhecimento quanto à proposta ultra-romântica, a qual exibe certo metarromantismo marcada pelo senso crítico.
É o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poema Ideias íntimas, da segunda parte da Lira. O autor de Lira dos Vinte Anos estabelece valores e critérios a sua obra. Revela-se, assim, uma verdadeira teorização programada da obra, transformando-se numa verdadeira teoria do conhecimento dos textos poéticos apresentados.
No segundo prefácio de Lira dos Vinte Anos, o seu autor nos revela a sua intencionalidade e o vincula de tal maneira ao texto poético, que a gratuidade e autonomia perdem espaço e revela a intencionalidade do poeta, isto é, explicação de temas, motivos e outros elementos.
Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão diz respeito à sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binômia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salientar o prefácio à segunda parte da Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define