Água no Brasil
No tocante às reservas de água existentes no globo pode-se afirmar que jamais irão aumentar, pois a quantidade verificada na atualidade é a mesma que havia há milhões de anos, com o diferencial de que hoje a população do globo aumentou e a pouca água disponível é de difícil acesso e inadequada para o uso em diversos pontos do mundo, visto que a interferência do homem foi grande, o que contribuiu para inutilização da mesma para o uso dos seres vivos. A medida que a qualidade cai e a escassez aumenta, o homem continua sendo um ser constituído de cerca de 60% a 70% de água, ou seja, uma pessoa com 100kg tem, portanto, entre 60 e 70 kg deste elemento em seu corpo, considerando-se 1 litro de água = 1 kg de peso. O Brasil detém cerca 12% da reserva hídrica do Planeta, com disponibilidade de 182.633 m3/s, além de possuir os maiores recursos mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do Amazonas e Paraná) quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí e Maranhão). O potencial hídrico ainda conta com a presença de chuvas abundantes em mais de 90% do território, aliadas a formações geológicas que favoreceram a gênese de imensas reservas subterrâneas, como também possibilitaram a instalação de extensas redes de drenagem, gerando cursos de água de grandes expressões. Todavia, as águas são distribuídas de forma irregular pelo território brasileiro, enquanto a Amazônia conta com 78%, a Região Sudeste conta com somente 6%. Além disso, o país é afetado tanto pela escassez hídrica quanto pela degradação dos recursos causada pela poluição de origem doméstica, industrial e agrícola. Assim, como os demais países em desenvolvimento, o Brasil apresenta baixa cobertura de serviços de saneamento e sistemas de abastecimento com altas taxas de perdas físicas. Ainda existem nas cidades, vilas e pequenos povoados, 40 milhões de pessoas sem abastecimento de água e 80% do esgoto coletado não é tratado. Calcula-se que, para cada metro