Água de Lastro
As inovações no sistema de transporte aquaviário possibilitam o crescimento da utilização desse tipo de transporte ao redor do mundo. Com o navio a vapor, houve o acréscimo de segurança, já com os motores à combustão e os cascos de aço, os navios passaram a possuir maior capacidade para transporte de uma quantidade cada vez maior de carga. Já que estima-se que em torno de 80% de todas as mercadorias do mundo circulam através do transporte marítimo, esse sistema necessita de segurança para realizar operações eficientes.
Garantir a estabilidade do navio durante os processos de carga e descarga pelo mundo sempre foi uma das maiores preocupações na área. A mudança no peso bruto do navio pode ser extremamente perigosa para a sua operação. Se tiver o peso consideravelmente reduzido (normalmente quando o navio está sem carga), ocorre uma diferença na profundidade na qual o navio se encontra, podendo resultar no leme e parte da hélice fora da água o que dificultaria a manobrabilidade e o controle do navio, possibilitando acidentes. Para evitar esse tipo de ocorrência, passaram a utilizar pedras e areia, no processo de descarga, com o objetivo de manter um equilíbrio no peso do navio, evitando diferenças bruscas. No entanto, após o século XIX, difundiu-se o uso da água do mar, que é colhida durante as descargas, utilizada como lastro até a próxima carga do navio, onde é devolvida ao mar.
Grande maioria dos navios possuem um filtro no seu captador de água para evitar a captura de animais de grande porte, no entanto, o filtro não consegue impedir que pequenos organismos e espécies endógenas de uma região sejam transportadas para outra completamente distinta.
Quando trazidos a novos ecossistemas, os seres vivos e as substâncias contidas na água de lastro têm o potencial de causar inúmeros distúrbios no meio em que são inseridos.
Numa comunidade ecológica que atingiu o clímax, a Produtividade Primária Líquida – saldo da