África e os africanos na formação do mundo Atlântico: 1400-1800
Com as navegações europeias no Atlântico no decorrer do século XV, os navios chegaram à local aos quais ainda não tiveram contato, dando início assim a um novo capítulo da história da humanidade. Tiveram início com as navegações europeias conexões entre os dois novos mundos e o Velho Mundo. O crescimento do comércio bem como do fluxo de ideias teve como principal impulsionador o fim do isolamento de algumas áreas e o aumento do contato entre diversos locais. Com o entendimento e um maior conhecimento a respeito dos ventos e das correntes marítimas, as noções de navegação se ampliaram, facilitando assim um contato e comércio em todo o mundo. Até mesmo em rios onde anteriormente pensavam não haver possibilidade de navegação eles desenvolveram embarcações menores que eram projetadas para a navegação fluvial, só então foi possível utilizar esse meio de transporte. O sistema fluvial teve tamanha importância na formação do Atlântico que, o complexo Níger-Senegal-Gâmbia, além de unir uma grande parte da África ocidental, também era uma via que agregava os reinos de Hausa, o estado iorubá e os reinos de Nupe, Igala e Benin a um sistema hidrográfico que, por fim, se conectava ao Atlântico, o império Mali continuou sendo o centro do poder político na parte ocidental do Sudão do séc. XIII ao XVII tendo como seu principal aliado a sua posição de centro na cabeceira dos sistemas fluviais. Pelas dificuldades encontradas ao lidar com a navegação do sul do oceano, os africanos focaram seus recursos para a construção naval de embarcações costeiras e fluviais, permitindo assim que as ilhas próximas ficassem descolonizadas e inabitadas.
Os europeus que no começo também não conseguiram