Um Fenômeno Global: As Sociedades Produtoras de Alimentos do Neolítico
As Sociedades Produtoras de Alimentos do Neolítico
Conceito cunhado por John Lubbock (1865), o neolítico inicialmente referia-se a tecnología do polimento na confecção de artefatos de pedra. Posteriormente, foram agregados ao conceito outras inovações culturais como a cerâmica, a produção de alimentos (agricultura e do pastoralismo) e o sedentarismo em aldeias permanentes.Inicialmente concebido como um processo de ruptura com os padrões socio-econômicos de caçadores coletores mesolíticos, atualmente percebe-se que o neolítco é produto de um largo processo de intensificação de estratégias econômicas especilizadas colocadas em curso no Holoceno Inicial
Inovações Tecnológicas das Sociedades Neolíticas:
1) Objetos de pedra polida = destacam-se os machados e as mós. Estes artefatos relacionam-se a atividades agrícolas, ao trabalho em madeira, a construção e manutenção das aldeias permanentes e ao processamento de cereais.
2) Cerâmica = Sua produção é indício de redução de sistemas de mobilidade e eventual sedentarismo. As evidências mais antigas de sua produção relacionam-se à cultura Jomón (Japão), com datações de 12.000 anos, estando associada a economias pesqueiras, sem agricultura. No Oriente Próximo está associada ao processamento de cereais, tendo surgido a 9.500 anos e a 7.000 anos no Egito e na Europa Mediterrânica.
O processo de desenvolvimento de sociedades produtoras de alimentos deu-se de forma independente e em cronologias distintas em diferentes partes do mundo. Podemos citar pelos menos 8 focos de inovação neolítica:
Oriente Próximo (Levante, Mesopotâmia e Anatólia) – 10.500 anos
Extremo Oriente (China) e Sul da Ásia (Índia)– 9.000 anos Egeu (Chipre, Creta Grécia Continental)– 9.000 anos
Mesoamérica (México) – 9.000 anos
Egito – 7.000 anos
Europa – 7.000 anos
América Andina (Peru e Equador) – 7.000 anos
O processo de domesticação de plantas e animais possui uma cronologia mais antiga na Mesopotâmia (11.000 anos),