uso de agrotoxicos

1 INTRODUÇÃO
Sem dúvida a agricultura é uma das atividades mais antigas desenvolvidas pelo homem, além de ser também uma das maiores tecnologias aperfeiçoadas. Os primeiros resquícios de atividade agrícola encontrados atualmente datam do período neolítico. Desse período em diante, o homem pré-histórico iniciou o cultivo de plantas, domesticação e criação de animais, implantando sistemas agrícolas que seriam trabalhados numa escala evolutiva e se espalhariam por todo o mundo. Em suma, os dois sistemas iniciais foram o agro-pastoril (campesinato) e o de derrubada-queima (coivara).
As técnicas tradicionais foram estudadas empiricamente por filósofos da idade Clássica e modernos. Entretanto, Santos (1988), ao analisar o campo científico, diz que o paradigma racional que presidiu a idade moderna, século XVI, desenvolvido nos séculos seguintes baseado nas ciências naturais se tornou globalizante e totalitário. Percebe-se dessa forma uma quebra de paradigmas em que predominou um modelo de ciência mais racional e metódico1. Assim, é possível observar que na área agronômica, a lavoura passou a ser considerada como meio de enriquecimento. As consequências disso foram a introdução de meios mais modernos de se praticar a agricultura, por exemplo: o campo foi mecanizado, com a descoberta da química pode-se introduzir no plantio os adubos químicos e os agrotóxicos.
Embora essa agricultura moderna seja necessária para o abastecimento mundial, estudiosos têm percebido também sua nocividade, uma vez que a agronomia não passa de uma plantação artificial que altera os ambientes naturais: devasta áreas verdes, polui, etc. Além disso, é praticada em larga escala, ou seja, com o objetivo de angariar lucros financeiros, mas sem se preocupar com os problemas ambientais e sociais. Por esse motivo, em se tratando das técnicas agronômicas, observa-se uma dialética: um grupo que defende a modernização da agricultura e outro que defende as técnicas tradicionais. Embora o primeiro grupo