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As desordens temporo-mandibulares (DTMs) representam um variado número de alterações funcionais e condições patológicas que afetam a articulação temporomandibular (ATM), os músculos mastigatórios, e outros componentes da região oromaxilofacial. As DTMs têm se tornado uma causa freqüente da procura por assistência médica. O número de pacientes que apresentam algum tipo de DTM vem crescendo nos últimos anos, provavelmente devido à tensão psicológica da sociedade moderna. De acordo com conceitos psicofisiológicos bem aceitos, problemas oclusais e o estresse emocional são os principais fatores etiológicos das DTMs (De Riu et al., 2013). Devido à natureza não-específica dos problemas iniciais, os pacientes não são prontamente encaminhados a um especialista até que os sintomas tenham evoluído e, em muitos casos, mudanças morfológicas e funcionais irreversíveis tenham ocorrido.
As DTMs podem ter natureza intra-articular ou extra-articular. Como desordens intra-articulares pode-se citar o deslocamento do disco articular, infecção do líquido sinovial e degeneração do côndilo da mandíbula e fossa glenoide. As desordens de natureza extra-articular podem incluir fraturas ósseas, injúria dos músculos mastigatórios e alterações nervosas como a distrofia reflexa simpática.
Sintomas característicos das DTMs incluem dor, alterações na mobilidade mandibular (hipomobilidade, hipermobilidade e luxação) e estalidos. Essas alterações podem ser tratadas através de técnicas conservadoras ou cirúrgicas. Tratamentos conservadores incluem o uso de placas oclusais estabilizadoras, exercícios de reabilitação, exercícios isométricos, massagem dos músculos mastigatórios, tratamento analgésico, termoterapia e terapia a laser. Os tratamentos cirúrgicos podem ser invasivos ou minimamente invasivos e incluem artrocentese, artroscopia, injeções, artrotomia, condilectomia, eminectomia e cirúrgia ortognática.
O presente trabalho visa à abordagem das técnicas empregadas no tratamento