C&T no Brasil
Devido ao tipo de processo de colonização portuguesa, medidas como a proibição de instalação de oficinas tipográficas ou a apreensão de livros como os de técnicas industriais e de engenho causaram um apagão cientifico entre os séculos XVI e XVII. Com sua economia baseada no sistema escravista ficou quase inteiramente fora do movimento que desembocaria na Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII. No entanto, é preciso que se diga que mesmo nesse clima desfavorável de repressão despontaram manifestações de habilidade técnica do gênio brasileiro, como por exemplo a organização de trabalho muito semelhante ao fordismo nos engenhos de açúcar, eixos centrais da economia colonial.
Um marco decisivo foi sem dúvida a transmigração da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, em decorrência das guerras napoleônicas. Portugal já vinha intentando sua modernização desde meados do século XVIII, entretanto essa retomada da C&T portuguesa foi incapaz de abarcar todas as complexidades inerentes ao processo de desenvolvimento cientifico e tecnológico da época, parando no meio do caminho. Esse estado de coisas refletiu-se de algum modo na sua maior colônia, propiciando ainda na segunda metade do século XVIII, o surgimento por exemplo, da Sociedade Científica do Rio de Janeiro e do Seminário de Olinda.
Tão logo aportou ao Brasil, D. João VI iniciou os tramites para transferência das instituições técnico-científicas. Assim, só no ano de 1808 foram criados o Colégio Medico-Cirúrgico da Bahia, a Academia de Guardas-Marinhas,