SMMA – PBH
BELO HORIZONTE
Uma cidade não é um meio físico apenas, ela é sobretudo um ecossistema. (Comparação os rios e bacias). É um ecossistema prioritariamente humano, mas que ocupa um espaço físico geológico que integra rios, árvores, fauna, montanhas, diversos objetos como moradias, meios de transporte, equipamentos públicos etc.
Uma cidade é um espaço de contradições e conflitos em todos os níveis, sociais, econômicos, ambientais, em que interesses podem ou não priorizar a qualidade de vida humana. Há objetivos financeiros que exploram a valorização do espaço urbano e de diversas necessidades humanas, que podem ou não conflitar com a qualidade de vida coletiva e individual da população e de sua saúde. Isto acontece com a verticalização na construção civil, expansão horizontal da cidade, invasão de automóveis, produção de ruídos, definição dos meios para a mobilidade humana, preservação de áreas verdes e de rios, podendo promover a inseguridade social, como na expansão do consumo de drogas, prática da violência, longas hreas no trânsito, etc.
A questão ambiental passou a ser valorizada e se impôs como necessidade básica da vida urbana mundialmente. E sua importância vai além de considerações corriqueiras ou de planejamento sobre o uso do seu espaço físico, de sua topografia, dos cursos d’água, a conservação de sua flora e fauna e outros, além das necessidades de mobilidade social, as inundações geradas pela impermeabilização do espaço, a qualidade do ar, a presença de diversos fatores de distúrbios ou incômodos que afetam a tranquilidade, a convivência e a saúde da população.
Esta questão diz respeito a decisões de ordem política, social, econômica em nível macro, que determinam a realização de obras com base prioritariamente na racionalidade economico-financeira, sem levar em conta a racionalidade necessária e fundamental de construção de um ecossistema humano saudável. Nasce desta colocação a necessidade das relações plurinstituionais, setoriais,