S.martinho
São Martinho nasceu em 316 em Sabária, Panónia (actual Hungria), filho de pagãos. Só aos 18 anos recebeu o baptismo, na Gália. Viajou pelo oriente, onde iniciou a vida monástica (monge) e experimentou a vida de eremita numa ilha das Costas Ligurianas. Fez-se discípulo de S. Hilário Bispo de Poitiers, bispo de grande renome, e fundou no deserto de Ligugé, a 2 léguas do seu bispado, um mosteiro para onde se retirou com os seus discípulos. Foi lá que foi eleito Bispo de Tours e desenvolveu a sua vocação de Apóstolo na Evangelização aos pagãos que tinham resistido à catequese cristã a coberto da superstição e ignorância do povo. Já bispo em Tours, Diocese que dirigiu durante 27 anos, fundou a Abadia de Marmoutier, que se tornaria centro de grande expansão missionária e civilizadora. Era para ali que se retirava para orar e fugir do mundo. Vivia com 80 monges inspirado nas regras de vida Tebaida. Esgotado em suas forças e doente, rezava: Senhor, se ainda sou necessário ao teu povo não me importo de sofrer. Do contrário, venha a morte! Morreu em 397, com 81 anos, em Tours França.
S. Martinho é o primeiro santo, não mártir, é o primeiro confessor no Ocidente. Na liturgia tem lugar semelhante ao dos Apóstolos por ter concluído a Evangelização nas Gálias.
Conta-se que certa vez, ainda como soldado e catecúmeno (não baptizado), vendo um pobre que tremia de frio e lhe pedia esmola, em Amieres, cortou, com a espada, a sua capa de militar e deu metade ao pobre, por amor de Cristo. Naquela mesma noite, em sonho, apareceu-lhe Jesus, que usava a metade da capa doada ao pobre e lhe agradecia sorrindo. A capa de S. Martinho era levada para a frente dos exércitos em tempo de guerra e nela se pregavam os sermões em tempo de paz. Símbolo da protecção que S. Martinho dispensava à França, esta capa deu o nome ao oratório que a guardava e a todos os oratórios ou capelas. As suas festas têm nome e são-lhes chamadas festas do Verão de S. Martinho, tinham