O óleo de lorenzo
O casal de historiadores Augusto e Michaela Odone (interpretados por Nick Nolte e Susan Saradon) tem uma vida aparentemente normal ao lado do único filho (Lorenzo Odone) do casal e de Michaela – Augusto Odone tem outros dois filhos oriundos do seu primeiro casamento – mas, tudo começa a mudar quando a criança começa a apresentar sinais de hiperatividade, surdez e desequilíbrio corporal.
Intrigados com estes sintomas os pais recorrem a vários médicos, a fim de identificar a sua causa, e depois de muito penar recebem o diagnóstico final: o menino é portador de Adrenoleucodistrofia (ALD), uma doença muito rara e o pior de tudo degenerativa, de acordo com os médicos o garoto não viveria mais de três anos.
A ALD se caracteriza pelo acúmulo de ácidos graxos saturados de cadeia longa (principalmente ácidos com 24 e 26 carbonos) na maioria das células do organismo afetado, mas principalmente nas células do cérebro, levando à destruição da bainha de mielina, que protege determinados neurônios. Sem a mielina, estes neurônios perdem a capacidade de transmitir corretamente os estímulos nervosos que fazem o cérebro funcionar normalmente e aí surgem os sintomas neurológicos da doença. (ARAÚJO, 2007).
O desespero toma conta do casal e principalmente de Michaela; pois Lorenzo além de ser seu único filho herdara a patogenidade da mãe, pois a ADL transmite-se exclusivamente de mãe para filho (somente do sexo masculino) devido uma disfunção genética – relacionada com o cromossomo sexual X, e apenas as mulheres são portadoras, tendo 50% de chances de transmitir para o filho.
Envolveram-se numa ONG de pais com filhos portadores de ALD, porém constataram que os membros desta se preocupavam mais em aceitar e lidar com a doença, buscando somente a conformidade e não a cura.
Inconformado com essa situação, o pai do garoto (Augusto Odone) empenha-se em descobrir os fatores determinantes dessa doença. Para isso recorre inicialmente à medicina e acaba descobrindo que