O óleo de Lorenzo
ROSANA MÁRCIA SANT’ANA NEVES
O ÓLEO DE LORENZO
Trabalho de Genética apresentado ao curso de Psicologia do Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH na disciplina Citogenética.
Orientadora: Fernanda Freire Campos Nunes
Belo Horizonte 2013
O casal Odone tem uma vida aparentemente normal ao lado do único filho Lorenzo. A vida da família começa a mudar quando a criança apresenta sinais de hiperatividade, surdez e desequilíbrio corporal. Atendendo à solicitação da escola, para tratar de assuntos relacionados ao seu filho Lorenzo, Michaela Odone observa alterações nas atitudes da criança, já que Lorenzo sempre se comportava e era uma criança muito inteligente.
Preocupados com estas mudanças, os pais recorrem a vários médicos, com a finalidade de identificar a causa, logo recebem o diagnóstico: o menino é portador de Adrenoleucodistrofia (ALD), uma doença rara e degenerativa. De acordo com os médicos o garoto não viveria mais que dois anos. Segundo Araújo (2007);
A ALD se caracteriza pelo acúmulo de ácidos graxos saturados de cadeia longa (principalmente ácidos com 24 e 26 carbonos) na maioria das células do organismo afetado, mas principalmente nas células do cérebro, levando à destruição da bainha de mielina, que protege determinados neurônios. Sem a mielina, estes neurônios perdem a capacidade de transmitir corretamente os estímulos nervosos que fazem o cérebro funcionar normalmente e aí surgem os sintomas neurológicos da doença. (ARAÚJO, 2007 apud EVELINE, 2011).
Michaela é informada que a ADL é uma disfunção genética de caráter recessivo, com 50% de chance de ser transmitida por mulheres portadoras e que afeta fundamentalmente filhos homens. Envolvida com a dor da culpa e a necessidade de se mostrar forte diante da situação, Michaela inicia um percurso de determinação e dedicação e juntamente com seu marido Augusto, começa a participar de uma ONG de pais com filhos portadores de ALD, embora