O Xote
O xote é uma cadência musical que tem como ancestral uma dança de salão portuguesa. A palavra xote teve origem na palavra alemã "schottisch", que significa escocesa, pois a dança inicialmente era uma referência à polca escocesa.
Esta dança parece ter chego ao Brasil em 1851, na bagagem de José Maria Toussaint. A princípio ela era difundida entre os aristocratas que viviam durante o segundo reinado, mas logo os escravos se afeiçoaram a este ritmo, observando a coreografia e adaptando-a aos seus próprios gingados. Não demorou muito para que o Schottisch se transformasse no ‘xótis’ e depois no ‘xote’.
Atualmente este ritmo se tornou mais adaptável e é, assim, localizado tanto nos forrós do Nordeste brasileiro, quanto na região Sul, constituindo o xote gaúcho. Ele também se encontra mesclado a outros ritmos da América Latina, como a salsa, a rumba e o mambo, e é uma das cadências mais executadas e dançadas no Brasil.
Imortalizado pelo compositor Luiz Gonzaga, o xote nordestino tem uma cadência binária ou quaternária, tocada em marcha rápida. Nas tradicionais festas juninas, porém, este ritmo soa de forma mais lenta.
Principais compositores e interpretes
Existem no Brasil vários grupos de xote, dos quais se destacam Circuladô de Fulô, Estakazero, Falamansa (Musicas: Xote da alegria e Xote dos milagres – Dorgival Dantas), Rastapé (Musica: Colo de menina – Jorge Filho), Trio Virgulino, Tome Xote e Bicho de Pé cujo maior sucesso, Nosso xote, foi composto pela vocalista do grupo, Janaina Pereira.
Luiz Gonzaga e Zé Dantas compuseram o Xote das meninas; Acioly Neto compôs Espumas ao vento, interpretada pelo cantor Fagner; Musica Bate Coração de Elba Ramalho e Regresso - Composição: Paulo Sauer/Edison Luiz/Moraes Moreira, interpretada também pela cantora; Musica Querência amada – Teixeirinha; Musica Xote de Copacabana - Jackson do Pandeiro.
Instrumentação e formação de grupos
O xote tornou-se uma dança típica do Nordeste do Brasil. É tocado por