O valor do pensamento aristotélico para a busca de deus
Por: Paulo César de Oliveira Assis
Em tempo vigente o homem continua a questionar-se sobre Deus, se realmente existe. Mas se Deus não existisse mesmo assim teria que existir um início, um principio, ou melhor, como poderia produzir tudo que se tem se não existisse uma causa? Os filósofos antigos, como Aristóteles, se questionaram sobre a criação e o movimento das coisas materiais. O grande mérito de Aristoteles é sem duvida resolver o grande conflito do movimento das coisas matérias sem perder a unidade com o “ser”. Mas e Deus, como Aristoteles fez para demonstrar esta evidência? Observando o homem, a fauna e a flora, diagnosticamos um movimento tanto intrínseco como extrínseco a eles que resulta na sua “geração e corrupção”. No entanto, “nada se move por acaso, mas sempre deve haver uma causa”. Portanto, como as coisas se movem, esta é a pergunta que obriga o intelecto a mergulhar na diversidade do real para descobrir o que é sobrenatural, ou seja, transcender a “geração e corrupção” natural das coisas para se chegar a algo eterno, um movimento eterno que não é movido, que é “substância eterna e ato”, como se demonstra:
“E dado que o que é movimento e move é um termo intermediário, deve haver, conseqüentemente, algo que mova sem ser movido e que seja substância eterna e ato." (Metaf. 1072a 25).
Esta demonstração que o Estagirita nos presenteia é nada mais do que necessária para compreendermos a vida, pois este partiu do que é natural para descobrir o sobrenatural, isto é, Deus. Contudo é interessante analisar o senso comum de uma definição do que é extraordinário, isto é, a vida. A vida formulando uma resposta do ponto de vista comum é: “vive aquilo que se move”. Esta é a definição do senso comum, mas em um sentido filosófico a definição de vida recebe um aprofundamento e o resultado desta é: “movimento imanente auto-aperfeiçoante”. Mas o que queremos dizer com estas definições? O dado a ser