o vale do silicio
O Vale do Silício é bem diferente de Hollywood
Especialista americano desconstrói os cinco principais mitos sobre o empreendedor de empresas de tecnologia 08 de agosto de 2011 | 0h 00
Vivek Wadhw a, The Washington Post - O Estado de S.Paulo
As lendas sobre Bill Gates, Steve Jobs, Mark Zuckerberg e outros empreendedores da área de alta tecnologia alimentam uma visão estereotipada da inovação nos Estados
Unidos: misture um jovem brilhante que deixou a faculdade, uma ideia incubada numa garagem e um poderoso investidor que gosta de correr riscos, agite bem, e obterá o mais recente sucesso do Vale do Silício. Essa é a versão hollywoodiana da inovação tecnológica; infelizmente, é também aquela que os investidores estão interessados em financiar e os planejadores do governo procuram copiar. Mas eles não são os típicos empreendedores americanos. Para encontrá-los, é preciso antes abandonar algumas importantes concepções equivocadas sobre a origem das melhores ideias.
1. Eles têm pouco mais de 20 anos.
Norbert Von Der Groeben/Reuters
A mitologia do jovem gênio da garagem é mais corrente em Hollywood do que no Vale do
Silício. Minha equipe de pesquisa da Duke
University estudou a formação dos empreendedores do país, e nossas conclusões desmascaram esse conceito popular. Nossa pesquisa de 2009 sobre 549 fundadores de empresas em dez setores de maior crescimento mostra que a idade média e mediana desses fundadores quando abriram suas empresas era de 40 anos. Para cada jovem com menos de 25 anos, havia dois com mais de
50; para cada jovem com menos de 20, havia dois com mais de 60. Cerca de 70% deles eram casados; mais 5,2% eram divorciados, separados ou viúvos. Outros 60% tinham pelo menos um filho; e 43,5%, dois ou mais. Os empreendedores sentem-se motivados a assumir o risco de iniciar um negócio porque cansaram de trabalhar para os outros, têm ideias para novos negócios baseadas na experiência adquirida ou querem ganhar muito