Uma Luz na Anatolia
Na época em que Yunus Emre viveu, a Anatólia estava passando numa situação complicada. As invasões do Cengiz Khan e os ataques das Cruzadas deixaram os povos da Anatólia cada vez mais pobres e desesperados. Porem, este período também testemunhou uma ascensão na ciência e literatura na Anatólia. Os grandes problemas da época foram superados através dos esforços coletivos dos líderes sufis como Mewlana Rumi, Hadji Bektash-i Veli e Hadji Bayram-i Veli.
A fama do grande erudito Hadji Bektash-i Veli se espalhou na região de seu convento islâmico (tekke ). Lá vinham pessoas de lugares muito distantes, para estudar, vivenciar a atmosfera de paz no local e pedir ajuda/orientação para seus problemas.
Um dia de seca forte, Yunus Emre resolveu ir ao convento do Hadji Bektash-i Veli para pedir trigo. No convento, ele foi hospedado por alguns dias. No dia que ele iria voltar para sua aldeia, Hadji Bektash-i Veli pediu para um de seus discípulos: “Pergunte se ele (Yunus Emre) quer trigo ou himmet ”.
A resposta do Yunus Emre foi trigo. A pergunta foi repetida, mas ele insistiu no trigo. Foi dado o trigo que ele queria, depois ele partiu ao seu caminho. Porém, logo no início do caminho percebeu o erro que cometeu e voltou ao convento e pediu himmet. Mas, a resposta que recebeu foi: “A oferta feita para você passou para Taptuk Emre”. Yunus Emre começou a trilhar no cominho do convento do Taptuk Emre. Nessas escolas místicas, a primeira condição para alcançar o himmet era submissão total ao mestre e dispor-se a servir aos outros, ou seja, esquecer de si mesmo, e viver pelos outros. A essência do caminho de sufismo é a tradição de servir a Deus e consequentemente aos outros. O motivo de ocupar o discípulo com serviços físicos em favor dos outras pessoas é a educação espiritual dele. O caso do Yunus não foi diferente. Assim que ele chegou ao convento de Taptuk Emre, disse: “Faço qualquer serviço que me pedirem.” Taptuk Emre o designou como lenhador do