O uso dos princípios da catalogação para a informação digital
A maior parte das informações digitais pode ser pesquisada por palavra-chave, entretanto isso não é adequado para a recuperação da informação quando o usuário não sabe qual palavra procurar. Atrapalha também o fato de que muitos conceitos são descritos de formas diferentes por diferentes autores ou até pelo mesmo autor ao longo do tempo. Autores podem ter a grafia do seu nome alterada de uma obra para outra, o título na capa de uma obra pode mudar conforme a edição ou tradução. Além disso, a maior parte dos recursos informacionais está relacionada a outros recursos, seja pelo autor, pelo editor, pelo assunto ou por outras formas de relacionamento. Dessa forma, a recuperação da informação é facilitada por mecanismos como Entrada Principal, Pontos de Acesso e Controle de Autoridades, utilizados pelas bibliotecas na catalogação de obras e cujos princípios são desenvolvidos há mais de 50 anos e mais recentemente adotados também na arquivologia. Por muito tempo foram utilizadas as premissas da AACR2 para descrição dos recursos informacionais, no entanto ela não era adequada para recursos diversos de livros. O uso do FRBR mostrou-se mais adequado para a descrição dos pontos de acesso, relacionamentos da obra com outras e principalmente a Identificação da Obra no universo digital e para demais tipos documentais.
No mundo off-line com registros impressos, a Entrada Principal, normalmente a forma autorizada do nome do autor, era utilizada como índice no catálogo principal, e este registro remetendo aos demais pontos de acesso para pesquisa nos demais catálogos, estes organizados por título da obra e assunto. No mundo online, com registros e obras digitais, seu uso se justifica para exibição em tela, ordenação dos resultados de uma pesquisa e “termo exato” de pesquisa, para permitir encontrar obras pesquisando pelo nome do autor, título ou assunto. Os pontos de acesso no mundo online ajudam a encontrar