O USO DO NÚCLEO ESTOCÁSTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE CLUBES DE CONVERGÊNCIA ENTRE ESTADOS E MUNICÍPIOS BRASILEIROS
A grande repercussão do aumento da qualidade de vida e de renda da população, concomitante ao avanço teórico realizado, fez com que o estudo sobre o crescimento econômico obtivesse relativo destaque. Segundo o modelo neoclássico (Modelo de Solow), há uma convergência condicional entre as economias. Essa convergência consistiria no “quão distante” a produção está do nível em que não seria mais possível a aplicação de capital visando o crescimento, uma vez que esta, devido a produtividade marginal decrescente, só iria crescer se fosse realizado progresso tecnológico. A velocidade da convergência seria, portanto, proporcional à distância que a economia se encontra do seu estado estacionário.
É neste cenário que o artigo “O uso do núcleo estocástico para a identificação de clubes de convergência entre os estados e municípios brasileiros” apresenta uma nova metodologia de estudo de convergência que tem como objeto de estudo a análise a evolução da distribuição de renda entre estados e municípios com o passar do tempo. Nesta nova análise, são utilizadas, diferentemente da análise da β-convergência e da -convergência – amplamente estudada no Brasil -, três estimações. A primeira delas refere-se à estimação de densidades através do método de “suavização por núcleo”, a qual permite a percepção de modificações ocorridas com o passar do tempo na distribuição como um todo – ao passo que na análise da β-convergência e -convergência apenas um parâmetro é estimado. Já a segunda consiste na estimação de núcleos estocásticos de modo a possibilitar a análise dos movimentos da economia ao longo do espaço de rendas, identificando, assim, clubes de convergência em intervalos específicos neste espaço. A terceira estimação proposta por este novo método consiste na de núcleos estocásticos, condicionado a algumas variáveis explicativas – localização